29 de set. de 2008

Mais uma Vic Viper (pra olhar, só)


Mais um modelo da Vic Viper para vender, esse em escala 1/60. Podem reparar que nem no site do Play-Asia tem mais! Esgotou! Também, imagina uma belezinha dessas em cima da sua mesa. Não sei o preço e nem se o modelo presta ou não, mas putz... que é lindo, é!

Impressionante como eu passo mal com essas coisas.

28 de set. de 2008

Novastrike (PS3)

Mais do mesmo? De novo? Girar a nave para todo lado tá se tornando uma constante...


Mais um shmup 360 graus para PS3 !

Não é lá grandes novidades, mas é mais uma opção para quem gosta de tiroteios insanos. O jogo é baixável pela PSN e tem várias opções de cenários, armas, etc. Quem quiser conferir o vídeo, vai achar ele parecido com tantos e tantos outros shooters 360 graus que estão sendo lançados. Lindos, repetitivos e com a mesma fórmula de sempre.

Eu, particularmente, não achei nada de demais. É mais um Geometry Wars,  (que, por sua vez, é um Robotron)cheio de coisinhas "penduradas" nele, e só. Quer dizer que agora, só porque temos controles analógicos a granel na geração atual, todo shmup que for lançado vai ter que, obrigatoriamente, usar scroll livre e 360 graus? O que há de errado com as fórmulas tradicionais? Não andam vendendo mais? Ah, perdão, esqueci que certos jogos tradicionais só vendem bem no oriente, o que fez com que a Microsoft pusesse travas de região.

Uma pena que este lado do mundo goste tanto de jogos FPS e de clones de GTA. Sim, é uma tendência atual? Sem dúvida! Mas o que justifica bloquear um jogo para todo um possível público consumidor? Se eu quero jogar em japonês, problema meu! Eu que me vire para decifrar os ideogramas.

Odeio travas de região! Odeio mesmo!

Shmups de NES

O NES não tem tantos shooters como o Mega Drive ou o PC Engine. Talvez não fosse a época deles, ou a tendência de mercado pedisse jogos mais pop, como os Mega Man, Double Dragon, Castlevania e Ninja Turtles da vida. Em termos de produção, uma boa parte dos shooters que saíram pra NES são sofríveis, porém, tem alguns razoáveis e outros muito bons.

Quem quiser tentar suportar um pouco de slowdown do plugin de java para tirar suas próprias conclusões, segue aqui um link que pode ajudar você a matar o tédio:


Detalhe: Mais uma vez, tem um pouco de slowdown!!! Os jogos não estão emulados a 100% da velocidade e não dá para jogar em modo fullscreen, mas serve como "test drive" (ou para esperar a namorada terminar de se arrumar para sair).

Algumas indicações:

Crisis Force
Gradius (duh!)
Life Force
Guardian Legend (mistura de shmup com RPG, fantástico!)
Gyruss
Image Fight
Recca Summer Carnival '92
Tetra Star
1943
Terra Cresta (Bem parecido com o do Arcade)
Gun Nac

Confira ainda:

Sky Shark (versão de Flying Shark para NES, medonha de feia! Simplesmente um nojo!)
Macross (Terceiro de baixo para cima, coluna da esquerda. Não é lá um shooter muito legal, mas eu adoro)
Star Soldier (Nem de longe igual ao do PC Engine, mas serve como critério de comparação)

25 de set. de 2008

Protozoa: Shmup Brasileiro ganha 2o lugar no Intel Demo Contest 2008!

Quem acha que só japonês pode fazer shmup, está errado!

O brasileiro Mauro Persano, autor do game "Protozoa", pegou 2o. lugar no Intel Demo Contest 2008 com o jogo que é um shooter 360 estilo Geometry Wars. Segundo ele, foi uma correria danada para terminar o jogo, uns bons meses dormindo cerca de 2 horas por noite, porém, creio eu, que tenha valido à pena.

Segue aqui um vídeo do jogo. Quem quiser baixar o demo, também, e depois deixar suas impressões, fique à vontade!

24 de set. de 2008

R-Type Leo (Irem, 1992) Arcade

Vamos contar: R-Type 1, R-Type 2, R-Type 3, R-Type Delta, R-Type Final. Certo ?

Não, errado!
Entre os episódios 2 e 3 do que é uma das melhores e mais populares franquias de shooters de todos os tempos, foi lançado um jogo chamado R-Type Leo, que ninguém conhece, ninguém viu... e que, sinceramente, não faz diferença alguma na ordem das coisas como elas são.

O que é R-Type Leo, então?

Basicamente, é uma tentativa frustrada da Irem, grande nome dos videogames, de pegar carona no maior título deles, e, sem cuidado algum, sem capricho nenhum, sem um mínimo de preocupação com os entusiastas da série, tentar arrancar os últimos centavos dos consumidores. Sim, R-Type Leo é um chute no saco, principalmente para quem está esperando algo tão bom quanto todos os outros episódios da série. A Irem "nivelou por baixo" desnecessariamente, apostando tudo nos gráficos e no "casual gaming". O jogo é fácil, bobo, intuitivo e não acrescenta em nada, nem sequer chega perto dos anteriores.

Mas qual é o problema com R-Type Leo? Não é mais um shmup bacana?

Veja bem: O nome "R-Type" é sinônimo de jogo bom. Os jogos da série, todos, sem exceção, são jogos pelo menos "ótimos". O clima de R-Type é muito bom, essa coisa que mistura sci-fi com terror, com tiroteios insanos, inimigos enormes, fases cheias de surpresas, cada qual com uma "mecânica" própria e lotadas de inimigos que estão sempre fazendo o que você não quer que eles façam. Cada fase de R-Type requer uma estratégia própria, que é totalmente diferente das anteriores. Não é como voar por um cenário diferente e simplesmente sair matando tudo, como nas fases anteriores, de novo e de novo, à exaustão. Você tem que pensar um pouco e entender quais são os pontos-chave de cada estágio, não cair nas armadilhas que existem lá, e, principalmente, se virar para adivinhar como matar o bigboss. Não é simplesmente uma busca para conseguir o tiro mais forte, achar o ponto fraco e matar.


Lá vai nosso herói, mais uma vez, salvar o universo das minhocas transdimensionais que moram em carcaças de cargueiros espaciais abandonados.

E, no entanto, é isso que R-Type Leo faz! Isso tudo que foi descrito no parágrafo acima NÃO está presente lá! É simplesmente um jogo onde se atira nos inimigos e que passa "voando" diante dos seus olhos, sem um grande desafio - E, principalmente, sem lembrar em nada os títulos anteriores. Como diria o Bruno, não passa de um sub-jogo, que por uma jogada de marketing, levou o nome de uma excelente franquia para garantir as vendas.

E tem mais: R-Type Leo não possui o famoso Force, marca registrada da série, que é um option que pode se prender na frente ou atrás da nave, ou deixado livre, como artilharia de suporte. Como assim, um R-Type sem Force? É como fazer bolo de chocolate sabor morango! No lugar, colocaram dois options esquisitos, que podem ser lançados nos inimigos e que ficam inutilizados por alguns segundos.

Como definir R-Type Leo em poucas palavras?

Se você não gosta de R-Type, é um shooter razoável. Se você gosta, vai se decepcionar.

Vamos aos números:

Gráficos: 9

Verdade seja dita: O jogo é bem bonito. Os gráficos estão polidos e brilhantes, sem defeitos, sem coisas grosseiras e mal-feitas. Estão um pouco "chapados" demais, podiam ter mais volume. Alguns inimigos, principalmente os bigbosses, que costumavam ser espetaculares, mostraram-se infinitamente sem-graça. Os designers originais não deram o ar da graça e, pelo jeito, a equipe de estagiários fez todo o trabalho de criação. Ficou aquela coisa bonita, porém, sem a menor criatividade.

Exemplo: O jogo é lindo, mas quantas e quantas vezes você já destruiu um bigboss igual a esse?

Som: 6

Musiquinhas razoávels que lembram as originais de R-Type, algumas melhores, outras piores, mas nada que vá mudar sua vida. No geral, o som não faz feio, mas também não acrescenta em nada.

Desafio: 5

Se você está acostumado com a série R-Type, cujos jogos são praticamente um parto para terminar, vai rir da cara de Leo. O jogo consiste praticamente em voar e atirar, voar e atirar, e só isso.

Diversão: 5

Existem jogos mais divertidos, assim como existem jogos bem piores. Digamos que R-Type Leo é perfeito para te salvar da programação da TV em um domingo chuvoso, mas só isso.

Inovação: Lembre-se! Inovar é criar um monstro cujo ponto fraco são os testículos!

Overall: 6

Sim, eu estou dando uma nota baixa para um R-Type, mas é merecida. Como os donos de Wii adoram dizer como único argumento em defesa de seu amado sub-console de jogos: Beleza não é tudo. O jogo é bem bonito, dá para jogar com 2 jogadores e foi absurdamente simplificado para se tornar popular, mas perdeu totalmente o espírito da coisa. Se você quiser apenas dar uns tiros a esmo, é perfeito, mas como R-Type é uma lástima.

Pontos interessantes:

- Foi o último Arcade da Irem, antes de ela entrar de cabeça no mundo dos pachinkos.
- Se passa antes de R-Type 1, em uma época onde a tecnologia do "Force" não havia sido descoberta. Tanto que o inimigo não é o Império Bydo, como de costume.
- É o R-Type mais fácil de todos, sem dúvida alguma.
- Saiu apenas no Japão (sorte do mundo ocidental!).
- É o único R-Type que permite dois jogadores simultâneos (será que foram na cola de Salamander???)
- Existe um jogo chamado R-Type Tatics (ou Command), que NÃO É um shmup!

Dados Técnicos:
Display: Raster
Resolução: 320 x 240
Cores: 1024
CPU: V33 @ 20 Mhz
Plataforma de Hardware: Irem M92

23 de set. de 2008

Notepad Invaders

Já que é para falar de Invaders, poucas vezes a gente vê remakes tão criativos de clássicos.


Adorei a "trilha sonora". O visual me lembra o do Sketchfighter, que qualquer dia aparece por aqui também! 

22 de set. de 2008

Shooting Historica

Tem coisas que NÃO chegam no Brasil, e sim, eu me odeio por isso. Mas como eu sou uma pessoa que gosta de dividir coisas com os outros (para que você possa se odiar também!), vou postar aqui. Este kit Gashapon é o SR Shooting Historica Vol. 1, que vem com modelos em miniatura de algumas das naves mais famosas dos videogames clássicos. São elas (da esquerda pra direita, de cima pra baixo): R-9 Arrowhead (R-Type), OF-1 Daedalus (Image Fight), Vic Viper T301 (Gradius V), Silver Hawk azul e vermelho (Darius) e a Metalion (Gradius 2)



Mais uma foto:


Ok, até aí, nenhuma novidade. Este pacote saiu no final do ano passado e se popularizou em janeiro/fevereiro deste ano. Tentei comprar um, mas o chinês desgraçado do ebay ficou de me mandar o pacote, enrolou por dois meses e devolveu a grana. Fiquei sem cartão internacional por uns tempos e agora que consegui um, estava pensando em pegar de novo. Porém, quando fui fazer a pesquisa, descobri que vou ficar um pouco mais pobre em breve: Já saiu Shooting Historica Volume 2:


Começando pela esquerda, em sentido horário: R-Gray-1 (nave vermelha do Raystorm), M.U.S.H.A. (Armadura do Aleste Musha), Geo Sword (Starblade Alpha), Gaia (Star Luster), Opa Opa (Fantasy Zone, do lado do peso de 16 T), e R-90 Ragnarok (R-Type III).

Detalhe que metade das naves do pacote são bizarras. A Geo Sword e a Gaia são super desconhecidas e o Opa Opa é dispensável. Mas o pacote vale pelas outras três, especialmente a M.U.S.H.A.. Se tivesse só ela, em separado, eu compraria! Agora é esperar as contas entrarem no lugar e rezar para este pacote não sair de catálogo ou não atingir preços exorbitantes no Ebay.

Por outro ângulo:


Pontos Interessantes:

- Todos os modelos vem com base/suporte para colocar na prateleira.
- Estão à venda no Play Asia (como tudo que é bacana que vem do Japão).
- Também dá para comprar pelo Ebay.
- Meu aniversário é 01/12 e tem Natal todo ano.

21 de set. de 2008

Invaders, a série



Tem coisas que só um domigo chuvoso faz por você. Estava brincando com o iLife e o pacote da Adobe, e até que ficou simpático. Vamos ver até onde eu consigo fazer piada com bonequinhos monocromáticos de pixels de videogames antigos.

20 de set. de 2008

Vontade de jogar Raiden ?

Se você tiver uma vontade súbita de jogar Raiden e não souber como, aqui está!


Não está perfeito, mas é bem legal e tem as trilhas originais. Dá para passar um bom tempo jogando!

Crítica: Top 10 Shmups da IGN

Eu, particularmente, não gosto de sites de notícias. Especialmente sobre games. Especialmente os maiores. Todo mundo sabe que muitos destes caras não entendem porcaria nenhuma e saem falando asneiras apenas e tão somente para agradar as massas. É o puro googlismo, pesquisam a pesquisa de alguém, dão uma maquiada e lançam como se fosse material autoral deles.

Fora, é claro, o fato de que muitas das notícias são totalmente tendenciosas (quem não se lembra dos diversos casos que se seguiram aos grandes lançamentos da atualidade?).
É gente que escreve comercialmente (lembrem-se, não há comércio sem lucro!), fazem artigos de péssima qualidade e colocam todo tipo de lixo como verdade na internet, que hoje é um dos meios de comunicação com maior poder de difusão.

Eis que, pesquisando listas de "Top 10", achei uma que a IGN fez, sobre os "Top 10 Shmups clássicos". Adoro listas deste tipo, acho que mesmo que sejam totalmente bizarras e fora do normal, elas acabam sempre acrescentando alguma coisa, porém, há muito tempo eu não via uma tão mal-feita. Ok, não é fácil escolher dez Shmups clássicos "pré-1998", mas eles fizeram algumas escolhas que não foram só infelizes, foram ridículas!

Vamos lá:

10) Fantasy Zone (Arcade e Master System):

Este shmup é tão ruim que não devia estar em lista nenhuma de "Top 10". Quem sabe na de "10 piores jogos de todos os tempos". A jogabilidade é confusa, o scroll é tanto para a direita quanto para a esquerda, o que causa um bocado de desorientação quando se vira a nave de um lado para outro. A tela dá um salto quando você vira repentinamente e você acaba, quase sempre, de cara para um inimigo ou um tiro. Os caras ainda falam super bem da versão de Master System, que era um jogo terrível, fraquíssimo, até mesmo para a época que foi lançado. Só alguém que nunca jogou shmups pode achar esse jogo "acima da média". Fico me perguntando aqui qual é o conceito de "bom shmup" que o pessoal da IGN tem...

9) Axelay (SNES):

Ok, justo. Axelay é um jogo nota 10. Uma escolha um tanto quanto óbvia eu diria, mas sem críticas quanto a este aqui.

8) Space Invaders (Praticamente tudo o que rode software)

Oh, puxa! Alguém lembrou do
PRIMEIRO shmup já feito! Aquele que começou todos os outros! A pedra-fundamental da escola de videogame, que definiu as bases do shmup. Não é apenas um "shmup clássico", é um jogo clássico em si. E olha só, em termos de importância, ele está em OITAVO lugar. Isso é jeito de classificar quem define a espinha-dorsal de um gênero? Um oitavo lugar? Claro! Muito bom, IGN. Muito bom mesmo...

7) Star Wars: The Arcade Game (Arcade, duh!):
Minha pergunta é: Você conhece alguém que gosta desse jogo? Eu não. Minto, o autor da lista da IGN deve gostar e muito. Eu digo deve, pois não é possível que alguém tenha jogado mais que dez minutos deste jogo e achado ele sequer razoável. Não estou levando em consideração a idade (eu também sou velho, nasci em 76), mas ele não passa de mais um produto "Star Wars" extremamente mal-acabado e chato, repetitivo, praticamente movido apenas pelo hype. Quem está acompanhando a polêmica em cima do Force Unleashed, vai notar que o tempo passou e que nem tudo mudou para os jogos da franquia Star Wars.

6) R-Type (Praticamente todas as plataformas existentes)

Poucos jogos saíram para tantos consoles quanto R-Type. Diria que o fato de ele aparecer nesta lista me fez não achá-la mais ridícula. Porém, dois comentários:
- "It's never
evil". Como assim, amigo? Never evil??? Tem certeza que você jogou R-Type mesmo? Simplesmente não é possível que tenha jogado... este jogo é a coisa mais evil que existe!
- "As sequências que saíram para SNES". Como eu odeio essa mania que americano tem de não ver nada além do SNES quando se fala se consoles clássicos. Saíram sequências para meia-dúzia de plataformas...

5) M.U.S.H.A. (Mega Drive)

Também concordo com a citação de M.U.S.H.A. aqui. Nenhuma lista de "Top 10 shmups" fica completo sem ele.

4) Thunderforce IV - Lightening Force (Mega Drive)

Ok, citar um Thunderforce é justo. Se era para dar importância histórica, que fosse o III e não o IV, que saiu para SNES e Arcade, mas ok, é justo. Se fosse pela qualidade técnica do jogo, que citassem Thunderforce V, que é o que recebeu melhores notas em todo lugar. Não entendi o porque do IV, embora concorde que ele é um jogo excelente.

3) DoDonpachi (Saturn, PSX, Arcade)

Também concordo em citar DoDonpachi. É um shmup que eu vejo até quem não gosta do gênero jogando. Mas em terceiro lugar? Sim, é um jogo ótimo, sem dúvida, mas estamos falando dos 33,33% do topo da escala evolutiva. Tem coisa muito melhor que ele.

2) River Raid (Atari 2600)

Este aqui é imperdoável. River Raid é um jogo ótimo para Atari, sim, eu sei. É o jogo de Atari 2600 favorito de muita gente, sim, eu também sei. Mas como shmup ele é uma lástima! Haviam jogos muito melhores para o próprio Atari 2600! Quem não se lembra de
Vanguard, Moonsweeper, Zaxxon, Time Pilot, Stargate, Galaga, Demon Attack, Beamrider e tantos outros? O fator nostalgia fez com que o autor desta lista colocasse ele acima de vários jogos excelentes, tomando um lugar que seria de um Gradius ou de um Raiden! Se aparecesse em décimo, no lugar de Fantasy Zone, aí sim poderia ter sido uma boa escolha, mas não...

1) Radiant Silvergun (Sega Saturn e Arcade)

É óbvio que este aqui ia estar em primeiro lugar. Alguém que jogou Ikaruga citou que ele existia, e o autor provavelmente achou que cairia muito bem incluir no texto.

A citação de Radiant Silvergun em uma lista de "Top 10 Shmups" é mais do que óbvia: É obrigatória. Porém, tenho que discordar com relação ao primeiro lugar. É um jogo excelente, tenho o original e ele é um dos meus favoritos (tanto que é a imagem de fundo do blog). Porém, embora seja, sem dúvida, um dos melhores shmups de todos os tempos, há muitos outros que eu julgo melhores que ele. Eu daria um segundo lugar para Radiant Silvergun, que embora seja quase perfeito, possui alguns problemas. Para começar, o fato de que muita gente não gosta dele. A jogabilidade é meio confusa e conheço pessoas que sequer chegariam perto dele. A música é muito boa, mas em alguns momentos ela se torna estranha, desconexa. E, claro, o fato de ter sido lançado apenas para Saturn e Arcade, o que dificultou que muita gente não o conheça.

E mais...

Alguém levou em consideração títulos como
Gradius (qualquer um dos muitos), Gaiares, Raiden (qualquer um dos muitos), Flying Shark, 194X (qualquer um dos muitos), Einhander, Darius (qualquer um dos muitos), Parodius (qualquer um dos muitos), Salamander (algum deles?), Strikers 1945 (qualquer um dos muitos), Star Force / Star Soldier (qualquer um dos muitos), Image Fight, Spriggan, Xevious, Galaga (qualquer um dos muitos), Tokio / Scramble Formation, UN Squadron / Area 88, After Burner, Cobra Command, Thunder Dragon... e tantos outros mais?

Overall: Citaram o óbvio quando puderam e não entraram a fundo no assunto. Acho que faltou que o autor jogasse mais shmups para poder fazer uma lista decente de "Top 10". Podiam ter escolhido alguém mais preparado, menos tendencioso ou que usasse menos o google. Coisas de sites grandes.

19 de set. de 2008

Night Raid (Takumi, 2001) PSX

Alguns jogos são bons, outros são ruins, outros, ainda são bizarros. Entenda: Bizarro não quer dizer "ruim". Bizarro significa bizarro. Fora do normal. Quem tiver a mente aberta e souber apreciar, há de achar que pode fazer algum julgamento. Quem não tiver, vai acabar classificando como "ruim" e vai perder a oportunidade de ver algo diferente. Night Raid, da Takumi, é um jogo bom, embora seja bizarro. Ele segue a fórmula básica dos shmups da época late-90s, mas adiciona uma pitada de plutônio e heavy metal.

Você provavelmente já ouviu falar da Takumi, produtora de clássicos como Gigawing e Mars Matrix, sem dúvida o segundo e terceiro motivo para se ter um Dreamcast (já que o primeiro é Ikaruga). Nos idos de 2001 a Takumi já havia feito dois grandes jogos (lançados pela Capcom), estava muito bem-localizada no mercado de shmups e resolveu lançar Night Raid para PSX, com o mesmo feeling dos anteriores, que são jogos Bullet Hell, mas com um sistema defensivo poderoso que te ajuda nas piores situações.

Mas porque para o PSX, que já estava saindo de cena em 2001? Boa pergunta! Talvez pelo mesmo fato de que Thunderforce VI (post anterior) vai sair para PS2 em pleno ano de 2008. Os consoles da Sony tem uma longevidade absurda no mercado e, talvez, fosse uma boa coisa ter um shmup da Takumi saindo para ele. Enfim, vai saber.

A nave que o jogador controla no jogo é esquisita, parece um morcego biônico, que não bate nos inimigos, só nos tiros. Conforme a progressão de tiros aumenta, é possível perceber uma semelhança com a Raijin, de Gigawing. Além de ser esquisita e ter um pouquinho mais de inércia que um jogo Bullet Hell permite (o que te faz morrer de vez em quando), ela possui bombas realmente fortes que limpam a tela toda e, também, o ataque com o pior nome de toda a história do videogame: O Hug Launcher (lançador de abraço).


"Hug Launcher" em ação, no modo 2 Players, depois de 14 hits. O triângulo enorme quer dizer que você ainda está imune por algum tempo.

Sobre o tal do Hug Launcher: Ok, quem foi o idiota que arrumou esse nome? Será que ele perdeu o emprego depois disso? Será que foi coisa do gerente de projeto que, por ter uma filha pequena, pediu sugestão à ela e acabou adotando o nome? Ou será que foi só algo que passou pela tradução sem que as pessoas verificassem o significado? Enfim, o que ele faz é pendurar a sua nave por meio de um RAIO TRATOR (olha só, que sugestão boa, para nome, não é?) em um inimigo próximo e faz com que a sua nave colida com ele até que ele seja destruído, já mirando para o próximo e repetindo o processo até que a barrinha de especial acabe, impedindo que você use novamente o ataque especial por alguns segundos, até que ela se encha novamente. Todos os tiros que estão no caminho entre você e o inimigo transformam-se em ítens de bônus (pirâmides), que podem ser coletados ou não.


Fase das máquinas. Engrenagens gigantes e tudo mais. Este miniboss é particularmente chato de matar.

Por falar em bônus, o jogo possui o sistema de score mais estranho já visto. Você ganha E perde pontos ao longo do jogo. Conforme os inimigos são mortos, as pirâmides são lançadas no ar, podendo ser coletadas ou não. Caso você as pegue, há uma barra na esquerda da tela que conta um número positivo na sua pontuação. Porém, se você deixar que elas saiam da tela, sua barra de score vai baixando e pode tornar-se negativa. Quer dizer que é possível ter pontuação negativa durante uma partida? Sim! Eu já tive -200.000 uma vez. O objetivo do jogo não é só matar os inimigos, mas pegar as pirâmides (ok, são "tetraedros", na verdade). Acabar o jogo é bem fácil se você não ligar para o score, mas fazer as duas coisas é bem complicado.

Vamos aos números de Night Raid:

Gráficos: 7

O jogo não é a coisa mais linda que já se viu em um PSX. Os inimigos são, em sua grande maioria, polígonos simples combinados, alguns com textura, outros sem. Os cenários são meio confusos e alternam do tradicional (cidades, estruturas militares) até coisas bem insólitas (interior de organismos, portões dimensionais). Há, também, momentos em que não é possível fazer idéia onde o jogo se passa. A impressão que eu tive foi que os designers preferiram manter os gráficos o mais simples possíveis para não comprometer a velocidade do jogo. Porém, por outro lado, a fator bizarro foi empregado até na abertura do jogo, ou seja, pode ser proposital.

Som: 9

Heavy Metal! Puro e simples. Do começo ao fim. Algumas trilhas puxam um pouco para o hard rock, outras para o trash metal. Mas, de uma maneira geral, casou perfeitamente com o clima de "cine trash" e com a velocidade do jogo.

Desafio: 7

Acabar o jogo não é muito difícil, mesmo sendo um Bullet Hell. São poucos estágios e a maioria deles consiste em uma estratégia não muito complexa. Se vc quiser tentar acabar o jogo pegando todas as pirâmides, mantendo o score positivo por boa parte do tempo, a dificuldade vai crescer exponencialmente. Há um certo grau de desafio, mas nada que um pouco de treino não resolva. As balas são três vezes mais rápidas que em Mars Matrix e Gigawing, porém, o Hug Launcher resolve boa parte dos problemas com nuvens de tiros e os power-ups são abundantes. É um sistema fácil de dominar e que te ajuda muito nas piores fases.

Diversão: 7

É um bom shmup. Obscuro, bizarro, desconhecido, diferente do normal. Mas vale umas boas horas de atenção. Vai divertir desde os veteranos até os iniciantes. Falta um pouco de replayability factor e opções, só há uma arma, dominar o Hug Launcher não é muito difícil, ou seja, o jogo pode acabar se esgotando meio rapidamente nas mãos de quem se interessar a fundo. Mas vale conferir, com certeza.

Overall: 7.5

Um shmup acima da média para PSX, que vale pelos detalhes. Se você é um jogador iniciante, pode jogar sem medo. Se é veterano, também vai encontrar um grau de desafio. Se você é um entusiasta do gênero shmup, não tem nem o que pensar: Pegue e joge!

Fatos Interessantes:

- Sistema de score bizarro. Jogando sem prestar atenção aos ítens que caem, é possível terminar as fases com pontuação negativa.
- Saiu bem depois de Mars Matrix e Gigawing, e não antes, como se ouve dizer.
- É possível trocar a cor da nave, são várias opções.
- Roda perfeitamente no PSP.

15 de set. de 2008

Preview: Thunderforce VI (PS2)

Você se lembra desta nave?


Sim, alguns shmups saem realmente atrasados!

A série Thunderforce é um exemplo clássico: O primeiro jogo, datado de 1984, saiu para todas as plataformas que ninguém jogou/conheceu (Sharp X1, Sharp MZ-1500, NEC PC-6001 mkII, NEC PC-8801 mkII). Outros dois jogos saíram na era de ouro do Mega Drive e um quarto jogo quando o console já batia as botas.

Os jogos, em geral, vão de muito bons à excelentes: Thunderforce III fez tanto sucesso que foi lançado até para Super Nintendo (principal concorrente do Mega Drive, que era o console "nativo" da franquia) com o nome de Thunder Spirits, e para Arcade (Thunderforce AC).

Anos depois, veio Thunderforce V, para PSX e Saturn, quando ninguém mais lembrava da série, mais um jogo excelente. Na verdade os jogos são tão bons que chega a ser injusto falar deles em um só post. Cada um merece (e deve ganhar) uma matéria para si.

Mas o fato é que a série Thunderforce nunca decepcionou. E agora, dia 30 de Outubro de 2008, vai ser lançado Thunderforce VI para Playstation 2, o videogame que se recusa a morrer.

E a pergunta que não quer calar é: - Mas por que raios para PS2?

A resposta só o time de desenvolvimento da TechnoSoft / Sega pode dar. Talvez o jogo já estivesse semi-pronto, talvez o povo não tenha conseguido desenvolver uma versão consistente para os consoles next-gen, ou talvez eles queiram se aproveitar do amplo parque instalado de PS2 que existe.

Enfim, ao que tudo indica, vai ser um jogão. Aqui está o primeiro vídeo! Quem quiser fazer o pre-order, já tem disponível no site da Play-Asia.

12 de set. de 2008

Soldner X para PSN em Outubro

Os felizes donos de PS3 vão poder finalmente jogar Soldner X! Segundo esta nota oficial, o jogo vai ser lançado em outubro agora, com extras em relação à versão de PC. Cabe agora saber quanto vai custar e quando vai estar disponível para download.

É impressão minha, ou Soldner X parece muito com Project X, que é um clone de Gradius para Amiga? (Um jogão, por sinal!). Só vi o vídeo de Soldner X, mas notei algumas semelhanças gritantes, como o uso de inércia, o "spread shot" e os inimigos.

Project X é, talvez, o melhor shmup feito para Amiga e que vai ganhar um review aqui logo logo. Assim como Soldner X, assim que eu puser minhas mãos nele.

9 de set. de 2008

Motorola Invaders 2 (Martin Rebas, 1993) Amiga

O QUE um vírus alienígena, um processador 68000, um remake de um jogo clássico e o Metallica tem em comum? Resposta: Nada! Mas na cabeça do Martin Rebas, autor de Motorola Invaders 2, essa mistura faz todo sentido! Segundo o site do autor, o jogo foi escrito em apenas 4 dias e lançado como "Public Domain" e teve boa avaliação pelas revistas da época. Eu mesmo cheguei a jogar, lá pelos idos de 1996, e achei muito bacana. É um jogo diferente, esquisito, com uma trilha sonora inusitada, mas que veio em uns discos que eu havia copiado e tornou-se uma grata surpresa. Como alguns daqui já sabem, o Amiga tinha sérios problemas com a biblioteca de jogos, especialmente o Amiga 1200. Alguns dos melhores jogos de Amiga eram apenas para Amiga 500 e não rodavam direito de jeito nenhum na plataforma que usava o 68020. Havia uns truques como degrading e uns helokicks da vida que quebravam um galho, mas não resolvia muito. Isso fez com que muitos dos usuários (eu incluído) corressem atrás de jogos feitos apenas para A1200 e, muitas vezes, futucando absolutamente tudo o que saía no mercado. A cena de homebrew e public domain do Amiga sempre foi forte (segundo alguns, ainda é!) e produziram pérolas como Motorola Invaders, Scorched Tanks e Deluxe Galaga, jogos com os quais eu perdi muito mais tempo que muito jogo comercial que existia!


You, You’re my mask, You’re my cover, my shelter You, You’re my mask
You’re the one who’s blamed!


Enfim, Motorola Invaders 2 é a versão colorizada em 24 bits com trilha sonora de seu antecessor. O jogo é um clone bastante criativo de Space Invaders, aquele clássico que todo mundo conhece se não passou os últimos 30 anos dentro de uma caverna. A diferença básica é que os inimigos não atiram. Quando são abatidos, eles se jogam em cima de você gritando "aaaah!", isso tudo ao som de "Sad But True" do Metallica. Veja por si mesmo!

Por não se tratar de um jogo convencional, não vou fazer uma avaliação convencional. Acho a iniciativa de criação de jogos de domínio público louvável e só tenho à dizer que o jogo é divertido. Dá para fazer uma caixinha de disquetes de 880k com 3 jogos? Coloque os três citados acima. Seu Amiga vai ter alguns dos melhores jogos já feitos para ele. Recomendo para quem gosta de homebrew, de Space Invaders, de Amiga e de jogos excêntricos.

Overall: 8.0

Jogue e divirta-se sem medo! Só pela criatividade, pelo esforço e pelas risadas já vale o download! Baixe aqui (parte 1) e aqui (parte 2), e coloque os dois arquivos no mesmo diretório no HD. Se quiser saber mais sobre o trabalho do autor, segue aqui o link do site.

Update: Entrei em contato com o autor e ele atualizou o site! Agora existem versões ADF dos arquivos para quem quiser rodar em emulador. Segue aqui a parte 1 e a parte 2.

7 de set. de 2008

Flying Shark (Toaplan / Taito - 1987) Arcade

Aproveitando o clima de retrospectiva, nostalgia e aviões antigos, vou falar sobre Flying Shark, que é considerado por muitos um marco na história dos shmups e que veio a definir as principais características do estilo nos anos que se seguem.

Também conecido como Hishou Zame (飛翔鮫) ou Sky Shark (versões americanas, como a de NES), as principais características deste shmup são o minimalismo, capricho nos detalhes e a dificuldade extrema. Tudo em Flying Shark parece ter passado por um ajuste fino, cortesia da parceria Toaplan / Taito, que era algo invejável na época pois se tratavam de dois gigantes (hoje em dia a Toaplan "morreu" e a Taito nem é tão gigante assim, mas continua produzindo bons jogos).

Houveram versões para praticamente todas as plataformas da época, como Amiga, Commodore 64, PC, ZX Spectrum, Amstrad, Atari ST, X68000, FM Towns e NES. A grande maioria das versões conseguiu capturar bem a mecânica e a dificuldade do jogo, porém, a beleza dos gráficos e da música não foi fielmente transportada para nenhuma delas. Nada se compara a jogar a versão Arcade. Em uma máquina de Arcade, de preferência. Eu pude jogar, nos idos de 88 a 90, no Shopping Iguatemi, e considero-me um privilegiado. Lembro bem que a máquina ficava entre Arkanoid e Gladiator, outros dois favoritos. Havia uma Black Tiger por perto também, a qual eu dividia metade das fichas compradas, sendo que a outra metade ficava com Flying Shark.


Tanques, biplanos, um rio barrento e uma arma que dispara 1 tiro à cada 2 segundos... o que mais um homem pode querer?


O jogo é um shmup vertical sem muitas opções. Você pode capturar power-ups (as letras "S" que vem voando quando se destroi uma fileira de biplanos vermelhos) ou bombas, que aparecem aleatoriamente quando se abate inimigos. Os power-ups aumentam de forma lenta e gradual o poder-de-fogo e só há uma arma. As bombas praticamente limpam a tela toda, porém, fazem mais estrago no local onde explodem. É possível ganhar bônus matando fileiras de biplanos amarelos. Há inimigos grandes como tanques, navios, bombardeiros lentos que surgem por trás e bunkers com artilharia anti-aérea espalhados pelo cenário. Também é possível destruir o topo de morros para revelar garagens de tanques, o que acaba atrapalhando um bocado, pois eles todos começam a atirar em você assim que surgem.


Você deve estar pensando: -"Porque raios este sujeito falou tão bem de Flying Shark nos parágrafos anteriores sendo que o jogo parece só mais um shmup bobo, antigo e sem-graça?" A resposta está no termo ajuste fino, que também foi citado lá em cima. Flying Shark não conta com tempestades de tiros, nem com apelo visual, nem com inimigos que tomam a tela toda, muito menos com um poder-de-fogo absurdo capaz de varrer a tela. Ele é um jogo único pelo capricho em que tudo foi planejado. Os inimigos tem o dom de mandar um tiro no local exato onde seu avião vai estar dentro de 2 segundos. E não são milhões de tiros, é um só! Os chefes precisam de muitos tiros para morrer... e se você pensa que as bombas vão salvar sua vida, está muito enganado! Elas danificam bem as máquinas maiores, mas em muitos casos só vão te dar algum tempo para respirar. A cadência com que os inimigos entram na tela, já mirando e atirando em você, é algo fantásticamente difícil, cruel e sádico. O jogo requer ATENÇAO PLENA E ABSOLUTA em 100% do tempo, caso contrário, você vai acabar morrendo à rodo. Este não é um jogo para quem gosta de shmups. É um jogo para quem quer desafio. Não tem muitos recursos, nem um speed up seu avião tem (e olha que isso seria ótimo!), e os inimigos vem em grande escala.


Vai se acostumando a olhar pra essa tela...

Aí, novamente, você vai dizer: -"Que porcaria! Se o jogo é tão difícil assim, por que jogá-lo?" Só posso garantir que Flying Shark é divertido na mesma proporção que é difícil. Os poucos recursos fazem uma curva de aprendizado rápida, onde o jogador (depois de apanhar um bocado no começo), já passa a dominar as noções básicas em pouco tempo e passar com certa facilidade o começo do jogo. Os inimigos são muito bem-programados, porém, tem suas limitações, e quando você descobre como estas limitações funcionam e passa a explorá-las, o jogo ganha uma nova dimensão. Exemplos: Os aviões quase não fazem curvas. Se você não pode derrubá-los, apenas desvie. Os tanques não conseguem virar as torres rápido o suficiente para te atingir, e só atiram quando você está na mira... portanto, continue se mexendo! Alguns bunkers não atiram "para cima", portanto, fique exatamente em cima deles e atire.

Vamos aos números de Flying Shark...

Gráficos: 9.0

O jogo tem gráficos lindos para a época. Os cuidados com cores, sombras, colisão de sprites, com um mínimo de slowdown possível. Alguns sprites são realmente grandes, outros são enormes (se é que são sprites), e tudo se comporta muito bem ao mesmo tempo na tela. O jogo só não ganha um 10 pois Flying Shark não inovou muito. Os inimigos são muito repetitivos, alguns apenas mudam as cores, outros simplesmente aparecem várias e várias vezes em seguida. Quase perfeito, o que não quer dizer que não seja excelente!

Som: 9.0

Assim como a série 194X, Flying Shark tem músicas apropriadas. É uma melodia com som de marcha militar, instrumentos em FM, rápida e adequada. Não me lembro de ter outro jogo, naquela época, que casasse tão bem com a música. Alguns instrumentos são meio estridentes e algumas músicas parecem repetir-se várias vezes, mas no geral é um ótimo trabalho.

Desafio: 10.0 (mas podia ser 11!)

Se tem um shmup casca-grossa, seu nome é Flying Shark. Eu diria que todo mundo devia tentar jogar ele pelo menos uma vez na vida, só para poder ter como referencial. Se você é um jogador de shmups do tipo "liga-júnior", que gosta de armas grandes e inimigos burros, esqueça este jogo. Se você quer desafio, achou o jogo perfeito.

Diversão: 10.0

A palavra "Classico" se encaixa bem. Quem jogar Flying Shark vai entender o porquê de ele ter sido lançado para tantas plataformas, de ter sido inspiração para tantos jogos e de ser tão jogado até hoje. Quem conseguir suportar o treinamento alá "Pai Mei" das primeiras horas de jogo, vai ver que é um jogão que ninguém deve deixar de dar uma olhada.

Overall: 9.5

Um clássico sem dúvida. Dá vontade de comprar a máquina de arcade pra colocar na sala.

Pontos interessantes:

- CPU: Um 68000 + Z80 + 320C10 + um YM-3812 para o som.
- A Continuação saiu para Mega Drive e Arcade, com nome de Same! Same! Same! (ou Shark! Shark! Shark!).
- A versão americana (Sky Shark) é uma das placas de arcade mais difíceis de se fazer manutenção, especialmente dessoldar os chips. O mesmo problema não ocorre com a japonesa.
- O jogo tem ligação com Batsugun, outro título da Toaplan, que curiosamente é o oposto total de Flying Shark. É um jogo extremamente fácil, com apelo visual e armas monstruosas que varrem a tela. Mas é um shmup muito bom!
- Segundo a história de Batsugun, o piloto do avião de Flying Shark se chama Rom Shcneider.
- A versão de X68000 é quase tão boa quanto a de Arcade, e é um pouco mais fácil. Quem quiser tentar jogar Flying Shark Light, é a que eu recomendo.
- A versão de Amiga e Atari ST é tenebrosamente horrível. O hardware é quase o mesmo e eles conseguiram dar um downgrade terrível no jogo. Não vale nem colocar o vídeo aqui. Já a versão de ZX Spectrum é bem legal, levando em consideração o hardware, e vale muito à pena ser jogada.
- Há também para Mega Drive e Arcade um jogo chamado Fire Shark. Não consegui cruzar informações para confirmar se é o mesmo jogo que Same! Same! Same! ou não. Update: Sim, Fire Shark e Same! Same! Same! são o mesmo jogo !