20 de abr. de 2012

Preview - Sturmwind

Mais um jogaço para o Dreamcast, o videogame número 2* em declarações de óbito mal-sucedidas. Quando todo mundo acha que, afinal de contas, 10 anos após a morte da plataforma os produtores iriam parar de lançar jogos para ele, vem a notícia: Sturmwind! Um shmup que aparentemente bebeu da fonte do Gradius, do R-Type, do Thunderforce, de todos aqueles que nós conhecemos e amamos. Veja por si mesmo:


A data de lançamento é tão indefinida quanto qualquer outra informação sobre ele. Aparentemente o fabricante não cancelou o projeto (que era para ter sido concluído em 2011) e pode ser que ele surja a qualquer momento. De qualquer forma, o simples fato de saber que o vídeo existe já torna mais fácil acreditar que vamos joga-lo qualquer dia.

*Sim, o número 1 é o Neo Geo.

14 de abr. de 2012

Como assim ninguém me avisa que saiu um Choplifter HD?

Não é bem um shmup, mas foi um dos grandes jogos de arcade da década de 80 e com certeza você já jogou, então tá valendo. Mais uma encarnação do clássico Choplifter, que criou a moda difundida por Metal Slug, a de salvar prisioneiros de guerra enquanto troca tiros com os inimigos.

O engraçado é que a franquia era da Brotherband, depois passou para a Sega e agora quem produziu o jogo foi a Konami, ou seja, migrou completamente de mãos! De qualquer forma, repito a pergunta: Como assim ninguém me avisou que saiu um Choplifter HD?



Fica aí a dica para quem está buscando o que jogar! Lembro de ter jogado isso no Master System e no Apple II, mas saíram várias versões. O jogo foi um dos grandes sucessos da década de 80. Seguem alguns vídeos para comparação:

Master System



Apple II


NES


Super NES


Atari XE / XL


Gameboy



O engraçado é que uma porção de gente confundia Choplifter com Cobra Command e com Airwolf, só porque eram jogos de helicóptero. Cansei de trombar gente falando: -"Ah, Choplifter? Aquele do Águia de Fogo?" (e o mesmo para o Cobra Command). Gente, vamos lá... Leiam o título do jogo! Além do que, não são tão similares assim. Veja abaixo:

Airwolf (Kyugo, 1987)


Cobra Command (Data East, 1988)


E alguns, ainda, conseguiam confundir o jogo com Thunder Blade (que não só é outro jogo, mas é baseado em outra série de helicópteros, a Trovão Azul!).

Thunder Blade (Sega, 1987)


Engraçado como o zeitgeist dos anos 80 tinha helicópteros em sua composição. Aliás, que pena que não estão mais tão em moda. Eu adoro o Mil-Mi Hind que aparece no fim do Rambo III.

13 de abr. de 2012

Preview - Heaven Variant

Tal e qual as bandas de garagem, os indie games são, nos dias de hoje, dentre várias outras coisas, uma resposta à demanda por jogos que não são produzidos comercialmente. Tenha boas idéias, junte seus amigos, meta a mão na massa e pronto!


Em uma época onde todo mundo parece estar esperando por sua nova versão do mesmo paintball eletrônico, dá gosto ver iniciativas como a do pessoal da Zanrai, que estão criando o sensacional Heaven Variant, em apenas três pessoas! O mais bacana é que o projeto se desenvolve de forma bem aberta, permitindo que as pessoas acompanhem os detalhes de criação de perto, através do blog da Zanrai.



E tem como não gostar de Heaven Variant? Até agora só está prometida a versão para PC. Espero, sinceramente, que saia para os consoles atuais (Xbox 360 / PS3), que são tão carentes de bons shmups.

12 de abr. de 2012

Air Gallet (Banpresto, 1996 - Arcade)

Tem dias que você acorda meio "troo". Hein? Como assim "troo"?

Ok, uma pequena aula sobre gírias esquisitas:

Troo (adjetivo): Corruptela do inglês "true", que quer dizer "verdadeiro". Geralmente usado errado mesmo (grafia "troo" ao invés de "true"), na forma de uma chacota respeitosa para designar algo legítimo além do legítimo, puro além do puro, hardcore além do hardcore. Exemplo: Fanáticos por heavy metal dirão que são "troos" pois, afinal de contas, eles escutam Black Sabbath, Judas Priest, Motorhead e AC/DC e não as bandinhas pós-Nirvana. Ser troo não é apenas ser tradicionalista. É ser um PhD em tradicionalismo ortodoxo extremista que não aceita divagações ou desvios de conduta. Ser troo também é, antes de mais nada, não ser de mentira. Afinal, ser "meio troo" faz de você um cara "meio de mentira", um pária, degenerado, hipócrita, que só faz isso para enganar os outros e ser socialmente aceito. O mínimo aceitável para ser troo, se isto fosse quantificável, seria uns 357% legítimo. E ainda assim, tendo que duvidar de quem é menos troo que você, ou que não esteja exercitando o trooismo o tempo todo. Linuxers troos não usam Ubuntu com modo gráfico, mas sim Linux Coyote em disquete. Vegetarianos troos não comem alface que não tenha sido plantada por eles e regada com chuva, no próprio quintal de suas casas. E por aí vai.

Um troo não deixa dúvidas e não permite questionamentos. Ele é troo. E ponto final.

Enfim, retomando - Tem dia que vc acorda "troo". E quando isso acontece, você não quer jogar os shmups novos, super fáceis, cheios de vidas, bombas, barrinhas de energia, escudos, arminhas que varrem metade da tela, chefões bobos e lentos, tempestades de bolinhas que formam túneis. Não. Você não quer nada disto. Você não quer nada separando você da destruição franca e honesta. Você não quer pilotar bruxinhas, nem passarinhos, nem dragõezinhos, borboletinhas ou [escreva aqui algum elemento de anime] por uma tela cheia de naves. Você quer um avião. Só um maldito avião. Um, daqueles que voa, atira e joga bombas, e que explode quando bate em algo. Oldschool mesmo. Clássico, eterno e infalível.

E aí você olha para todos os jogos modernos e pensa: Onde está o meu avião? Aquele que destrói tudo na tela, sem rodeios, sem modismos, sem tendências asiáticas incompreensíveis? Aquele com duas asas e que solta tiros pela frente? ONDE ESTÁ A PORCARIA DO MEU AVIÃO?





Pois é, meu caro... Ele está no Air Gallet! Um jogo desconhecido, de uma produtora bem incomum. Mas posso garantir uma coisa: O jogo é um shmup muito troo. Muito troo mesmo.

Para começar, Air Gallet não tem história. Tem coisa mais troo que não ter história? Enfim, quem precisa dela? Se quer história, vai jogar Final Fantasy! Sim, a história é horrível, depressiva, cheia de buracos e incoerências, ou seja, de qualquer forma você está melhor sem ela. E como Space Invaders não tem história (reflexão de um troo, repare), Air Gallet está muito bem sem ela. Você é o avião, que decola do porta-aviões (óbvio!) e vai atirar em inimigos que vem em sua direção. Pronto. Simples, ortodoxo e direto, como tem que ser.

Até o flyer é troo. Um manche. Tiro. Bomba. Precisa mais?

A dificuldade do jogo é bem balanceada no decorrer das fases. Você morre quando tem de morrer, sem grandes surpresas. Apareceu um inimigo grande? Morreu. Chefe no fim da fase? Morreu. Uma tonelada de inimigos vindo ao mesmo tempo? Morreu. Ué? O que você esperava? Eles são seus inimigos e não gostam de você! A regra diz que, segundo o que ocorre no Raiden, um inimigo grande ou uma porção de inimigos médios é um momento em que seu cérebro tem que se condicionar a atirar e desviar que nem um troo, oras. Não como uma criança de 12 anos que está jogando um dos shmup atuais, facílimos, em um iPhone 4S que a mamãe deu. Se você é troo, você joga jogo de troo e morre como um troo: Com a honra de ser cruelmente alvejado por uma horda de inimigos, e não porque um SMS chegou e tirou sua atenção.

O jogo conta com quatro armas, sendo que uma é mais um problema do que uma arma em si. São elas:

L - Laser (azul): De longe, a arma mais troo de todas. Todo focado para frente e você que se vire para manobrar.
M - Mísseis (amarelo): Perseguem o inimigo pela tela e tem um tiro frontal também. Muito útil quando a tela fica cheia de inimigos.
F - Gatling Fire (vermelho): Abre um cone à partir do nariz do avião. Boa arma de suporte, mas eu achei meio fraca para os chefões.
H - Hunter (verde): Um tiro horrível, nada intuitivo, nada útil. Ele aponta para a direção oposta do movimento da nave. Tentei achar algum momento do jogo em que ela é útil, mas não, não tem. Evite pegar pois não presta para nada.

O tiro azul, fazendo estrago mesmo com 1 power up.

Ainda tem dois tipos de bombas: Energy Spark (verde), que destrói todos os inimigos da tela e seus respectivos tiros, e o Thunder Dive (azul), que forma uma bolha azul enorme em cima de um inimigo logo à frente do avião, causando um belo estrago. Nem preciso dizer qual é a mais troo. Thunder Dive na cabeça! Mata chefões sem dó nem piedade. O jogo tem modo 2 players, se cada jogador pegar um pegar um tipo de bomba, a coisa fica bem equilibrada.

Remorso é para os fracos: Dive Thunder neles !

O jogo tem seis fases, o que pode parecer curto, porém não é. As últimas duas, principalmente, dão um trabalho do cão para os menos treinados e pode acabar sendo um desafio mediano até para os troos. Os chefes, todos, sem exceção, são bem bonitos e não, não te decepcionam. Não tem mech vestido de menina colegial japonesa, como em Dodonpachi Dai-Oh-Jou. Não tem samurai voador que atravessa um portal mágico e se transforma em avião da Luftwaffe, como em Akai Katana. Não. Não tem! Sabe quando você vê um tanque no jogo? Sim, ele é isso mesmo, um tanque! E um navio, é o que? Um navio! Não é lindo isso?  Me diga se 1996 não foi uma época linda?

Uma massa metálica e disforme de corpos que dispara tiros por todos os lados? Troo!

Vamos aos números (afinal, score é coisa de troo e neste post não podia faltar):

Gráficos: 8,0
Som: 7,0 
Desafio: 7,0
Diversão: 9,0

Nota: 8, arredondando para cima. O som e o desafio podiam ser mais inovadores, afinal, Radiant Silvergun sairia em poucos anos, mas isso tiraria todo o trooismo do jogo, que também é indispensável.

Enfim, fica aí a dica: Air Gallet é o shmup troo que vc procurava. Jogá-lo é como reviver um Flying Shark com esteróides. Não tem arma mirabolante (inútil tem, mas tudo bem!), não tem jogabilidade diferenciada, não tem nada essencialmente inovador, mas, em compensação, tem tudo o que você espera de um shmup clássico e em grandes quantidades. Ele é, ao mesmo tempo, um exemplo perfeito de shmup da década de 80 e de 90, sem que faltem características de nenhuma das gerações. Um jogão honesto e que cumpre a proposta.

Segue um videozinho do Air Gallet, para a galera preguiçosa que não gosta de usar o Google:


Um dia eu ainda crio vergonha na cara e compro a placa de fliperama* do Air Gallet, do Tokio e do Flying Shark. Afinal, troo que é troo joga de pé, no gabinete arcade. E se você ainda não chegou a este ponto (o que pode significar um saudável sinal de sanidade), jogue ele no seu Mame favorito, que também emula perfeitamente.


*Ou monto o meu Arcade-PC, já que o hardware já está todo aqui.

10 de abr. de 2012

Crimson Dragon (Xbox 360)

Um Panzer Dragoon novo? E não é da Sega?

Nossa, isso é muito próximo da perfeição! Só espero que tenha opção de jogar com joypad!


Este vale à pena ficar de olho !