14 de dez. de 2008

Lançamento: PowerUp Forever (PS3 / Xbox 360)

E lá vamos nós, para mais um Arena Shooter...

Quando ouvi falar que a toda-poderosa Namco-Bandai iria produzir um shooter, fiquei feliz. Os caras dão suas mancadas*, mas tem gente (muito!) bem paga lá dentro para desenvolver jogos e que costuma fazer o dever-de-casa.

PowerUp Forever (que até outro dia tinha o nome de "Infinitum" parece ser apenas mais do mesmo. Gráficos bonitos, uma trilha sonora aparentemente sem sal e o uso de dois direcionais analógicos. Se os criadores de Geometry Wars tivessem registrado como propriedade intelectual o "formato" do jogo (como o pessoal da ID Software fez com Doom, se não me engano), já estariam ricos a essa altura.

Eu, particularmente, não estou nem um pouco empolgado. Será que a humanidade se esqueceu como se faz shmups tradicionais? Que medo dessa geração atual! Mal posso esperar pela versão de PSP, pois não estou afim de pagar para jogar isso no PS3 / Xbox 360...

*Quer saber mais sobre algumas mancadas da Namco-Bandai? Veja aqui.

28 de nov. de 2008

Lançamento: Super Stardust Portable (PSP)


Eu já estava com vontade de jogar este cara, mas não tive como comprá-lo na PSN ainda. Agora, na versão de PSP, parece que os caras implementaram mais alguma coisa como novos modos de jogo - fora a promessa de rodar em 60 fps. A pergunta que não cala é: Como jogar isso com um controle analógico? E pior, o controle analógico "maravilhoso" do PSP? Será que vale as bolhas no dedão?

20 de nov. de 2008

19 de nov. de 2008

Shmups que mereciam continuação

Este é o primeiro "mini-documentário" do blog. Espero que gostem!

Às vezes, quando ficamos sabendo que vai sair continuação de um filme que gostamos, vem aquele frio na barriga e o sentimento de "lá vem lixo". Continuações nem sempre funcionam, isso é fato. Para filmes, ao menos, onde o mais importante é o enredo, o fato de "esticar" algo pré-existente pode vir a ser danoso. E mais, tem vezes que nós ficamos felizes por não saírem continuações. Não por não gostarmos do filme, mas por acharmos que o que existe é suficiente e que se sair algo mais, vai ser inferior. Muda o diretor, muda a proposta, a coisa sai toda acaba se tornando uma tortura televisiva que, teoricamente, derivou daquele filme que gostamos tanto.

Já na esfera dos games, temos histórias de continuações de sucesso e outras nem tanto. Muitas séries duram vários títulos sem perder o foco, outras mudam completamente com os anos, e outras, ainda, são uma caixinha de surpresas. Mas existem alguns jogos que são tão bons que é simplesmente desperdício não haver continuações. É claro que ser o único mantém o aspecto "cult" do jogo e muita gente gosta disso. Mas, em nome da existência deste post, vamos considerar aqui pessoas que gostem de jogar e não cultuar jogos, ou seja, que estejam interessados em jogos novos, baseados nos antigos, para se divertir novamente e não apena coloca-los na prateleira e ficar admirando (quadros existem para isso, afinal).

O critério, portanto, é: Ser um jogo bom e que não teve continuação. Deu um certo trabalho fazer a lista, afinal, algumas plataformas ficaram de fora e alguns foram citados aqui por menção honrosa. Mas, enfim, vamos à ela:

NES: Crisis Force (Konami, 1991)

Jogo excelente, feito pela Konami, provavelmente aproveitando as fases de scroll vertical de Life Force. Para um ou dois jogadores, dá para escolher três naves e tem umas cut-scenes bem bacanas na abertura. O sistema de armas é meio confuso e o ritmo do jogo fica meio lento às vezes, mas é possível evoluir a nave para uma "super nave" com os power ups e especiais. A música é linda e os efeitos visuais são do tipo que só foram se igualar com o lançamento dos primeiros jogos de Mega Drive. Não dá para entender o porquê da Konami não ter seguido com a série, já que Gradius tem scroll horizontal e a jogabilidade é bem diferente. Acho que ninguém ia reclamar de ver um Crisis Force 2 para Mega Drive ou mesmo para Super Nintendo, ainda que anos depois.

MSX: Space Manbow (Konami, 1989)

Nunca descobri porque não fizeram um Gradius para MSX 2.0, mas minha maior suspeita é que superar Space Manbow não seria fácil. O jogo, que não tem nada à ver com a série Gradius, é um shmup horizontal que tira leite de pedra do MSX. Cheio de gráficos lindos, música excelente, chefes grandões e muito bem-feitos para a época, além de possuir scroll variado e um nível de dificuldade que não massacra e também não facilita. Peca pelas poucas opções de jogabilidade e pela falta de power-ups decentes (afinal, quem está acostumado com Gradius acha um saco só ter duas armas em um jogo tão similar sendo que é feito pela mesma empresa). Até fizeram uma continuação homebrew, em 2005, com o nome de Space Manbow 2, mas segundo os reviews, o jogo é tecnicamente fraco e só rendeu aos produtores o respeito da legião de fãs. Bom mesmo seria se a Konami metesse a mão na massa e fizesse um Manbow 2 oficial. Aí sim...

Master System: Cloud Master* (Taito / Hot-B, 1988)

*Também conhecido por Chuka Taisen.

Confesso que nem ia incluir o Master System aqui nesta lista, uma vez que tem poucos shooters e 90% deles são sofríveis e/ou tiveram continuações (como Power Strike / Aleste). Outros, ainda, como Fantasy Zone, eu me recuso a colocar aqui por motivos óbvios: Na real, não sei quem tanto gosta dessa série. Mas lembro-me de um jogo que joguei muito no Master System, que era Cloud Master. Não é um primor, nem uma obra prima, mas passei muito tempo derrubando bichos mitológicos orientais com o rapazinho montado na nuvem. Existem outras versões do jogo, como a de MSX, mas a de Master System é a melhor (com som FM e scroll decente, fora que o jogo em si parece mais bem-acabado). O engraçado é que quando fui fazer a pesquisa sobre ele, descobri que já estão planejando uma continuação, de nome Shin Chuka Taisen, para Nintendo Wii. Mais parece um remake que uma continuação, mas ficou muito bom. E convenhamos, o jogo é a cara do Wii. Vi em alguns sites que sairia para PS2 também, mas até agora nada confirmado.

Mega Drive: Gaiares (Telenet, 1990)

A falida Telenet, que se tornou Renovation, era uma das minhas softhouses favoritas e tinha por marca-registrada lançar jogos com cara de anime e voltados quase que exclusivamente ao público japonês. Shooters, jogos de ação com menininhas com roupas de colegial e outras experiências bizarras com FMV em temas diversos. Porém, alguns shooters excelentes vieram desta leva e Gaiares, sem dúvida, é o melhor deles. Com uma arte, música e jogabilidade soberba, e um nível de desafio que tende a variar (ficando alto boa parte do tempo), o jogo conta ainda com um sistema que permie roubar as armas dos inimigos para si. Isso sim, era inédito! Se o inimigo tinha um laser grande e largo, era possível atirar o option nele e copiar (em parcelas) este laser. Alguns tiros não ficavam iguais, mas faziam mais ou menos a mesma coisa que os originais. Os chefões eram sempre robôs japoneses bem humanóides, imitando deuses e criaturas mitológicas, e o jogo é lotado com efeitos visuais como hiperespaço, viagem dimensional, nevascas, vento, água, etc. Sem dúvida, um dos melhores jogos de Mega Drive, mas, ficou perdido no tempo.

Amiga: Battle Squadron (Electronic Arts, 1992)

Esse é um dos muitos desconhecidos que o povo deixa passar batido. Um jogo bonito, difícil e cheio de pontos interessantes. Alguns inimigos tem um dispositivo de camuflagem parecido com o do "Predador", outros levam muitos tiros para morrer e outros, ainda, parecem adivinhar quais são seus próximos movimentos, desviando-se. Existe um sistema que permite jogar pela parte de cima ou de baixo do cenário, as armas ficam bem grandes depois de alguns power-ups e a jogabilidade e a dificuldade andam juntas, dependendo apenas da habilidade do jogador. As únicas questões sobre Battle Squadron: a) Muita gente não tem paciência para começar a jogar, pois o jogo já é difícil desde o começo. b) Muitas pessoas tem um preconceito bobo com relação ao Amiga, e simplesmente não o jogam. c) Muitas pessoas, donos de Amiga, usavam como controle aqueles malditos joysticks clássicos de Atari, que são horríveis para se jogar qualquer coisa (inclusive Atari!), quem dirá um shooter difícil feito Battle Squadron. Existe versão para Mega Drive, mas é visivelmente inferior, principalmente a música.

Super Nintendo: Axelay (Konami, 1992)

Este aqui eu também nunca entendi se era para ser uma versão nova de Salamander, um novo Gradius para SNES ou uma continuação de Space Manbow. Enfim, Axelay é provavelmente um velho conhecido de todos aqui. Jogo feito pela equipe que saiu da Konami e veio depois a fundar a Treasure, que também dispensa comentários, é considerado um dos clássicos eternos dos shooters. O jogo começa com um scroll vertical que utiliza o sistema de scaling / rotação dos SNES, porém, à partir da segunda fase alterna para visão lateral, muito similar a Gradius. Um jogo extremamente fine-tuned, que utiliza um sistema de armas que pode ser trocado usando os botões L e R, fases extremamente criativas, cada uma com seu desafio próprio, assim como os chefões. Este é, provavelmente, juntamente com Gaiares, um dos casos em que jogos ficaram mais injustamente esquecidos no limbo, sem continuação. Quem não adoraria ver um novo Axelay? Será possível que a Konami, Treasure (ou quem quer que seja que ficou com os direitos do jogo) não sabe disso?

PC Engine: Aero Blasters* (Hudson / Kaneko, 1990)

*Também conhecido por Air Buster.

O PC Engine é praticamente o Golden Grail dos shmups, tanto em qualidade quanto em quantidade, porém, muitos deles tiveram as devidas continuações e ficaram de fora da triagem. No entanto, este aqui é um jogo bem bacana, bonito, com um nível de desafio alto e que ficou sem "filhotes". Aero Blasters é um daqueles jogos que você ama odiar. Ele te dá uma surra com tanta classe, logo nos primeiros estágios, que você ou leva para o lado pessoal (e continua jogando) ou assume que é ruim e vai jogar Bomberman. Cheio de referências de anime, como naves que nunca voariam, armas exageradamente grandes e fases que tem corredores longos com scroll rápido e chefões bizarros, ele é o tipo de jogo que dificilmente passa batido por quem quer que seja minimamente interessado em shooters. Existe um modo para dois jogadores, que é bem útil, pois a quantidade de inimigos é enorme e alguém para levar tiros com você faz falta às vezes. Também não teve continuação, porém, saiu versão para Mega Drive em 1991, praticamente igual (tirando a música).

PC Engine CD: Lords of Thunder* (Hudson, 1993)

Conhecido no Japão como Winds of Thunder.

Continuando sobre o PC Engine, este aqui é mais um jogo que a gente se pergunta o porquê de ter sido esquecido. O background é bom, o sistema é bom, a produção é excelente, o resultado final é sensacional... e no entando a Hudson simplesmente engavetou depois do primeiro, sem dó nem piedade. O jogo conta a história de uma guerra entre deuses, onde o personagem pode escolher uma armadura de um dos quatro elementos (que vai definir o tipo de tiro), fora comprar itens com os cristais que são coletados durante o jogo. A música é heavy metal do começo ao fim, e valeria a compra do CD nem que fosse só para ouví-la. Quando o personagem chega perto de um inimigo, ele saca uma espada e dá porrada, mais ou menos como em Strider, além de terem bombas e power-ups à disposição. O jogo fez tanto sucesso que saiu para Sega CD também, em uma versão mais simples graficamente, sensivelmente mais fácil, porém, com a música melhorada. Não sei se ela foi tocada novamente ou se simplesmente remasterizaram, ou se o Sega CD tem um audio melhor, mas ela soa muito melhor que no PC Engine.

Neo Geo: Last Resort (SNK, 1992)

No meio de tantos bons jogos de luta, não era de se admirar que a SNK fosse se esquecer de Last Resort. Afinal, era década de 90, todo mundo queria ter sua versão de R-Type, e a empresa que crescia furiosamente e dominava os arcades do Japão e do mundo não poderia ficar de fora. Por conta das enxurradas de clones de Street Fighter que a SNK produziu, Last Resort acabou se tornando um jogo com pouca visibilidade na época e que mesmo os fãs de shmups acabaram não dando muita atenção. Porém, é um shooter excelente, difícil, longo e que deixa até os mais experientes "arrancando os cabelos" em certos momentos. Ele é o que eu chamo de a única versão de R-Type que é tão boa quanto o original, tanto em termos de desafio, quanto nos outros quesitos. Não deixa nada à dever nos gráficos nem na parte sonora, e só peca um pouco pela dificuldade em certas fases, onde os designers quiseram ser mais hardcore que os caras da Irem que projetaram R-Type (que convenhamos, já são hardcore o suficiente!). Em alguns pedaços o jogo simplesmente massacra o jogador. Mas nem por isso ele é ruim! Aliás, se está nesta lista é que, injustamente, não teve uma continuação digna.

Sega Saturn: Terra Diver* (8ing / Raizing / Electronic Arts, 1996)

Também conhecido por Soukyugurentai. Também há versões para PSX e Arcade, mas são inferiores.

Se o PC Engine é o Golden Grail dos shmups, o Saturn é o Silver Grail (se é que o termo existe). Afinal, é a plataforma onde nasceu o aclamado Radiant Silvergun, que só não está aqui na lista por ser considerado o antecessor espiritual de Ikaruga. No entanto, temos Terra Diver para o posto de "jogão sem continuação" da plataforma, e ele o merece sem dúvida alguma. O jogo é tão complexo que até se assemelha de certa forma a Radiant Silvergun. O jogador pode escolher entre três naves, cada uma com um conjunto de armas similares, porém, com características diferentes. Existe uma arma normal, uma especial e uma classificada como "wide array", que usa uma espécie de sistema de radar para travar e atingir vários inimigos ao mesmo tempo. O que realmente assusta em Terra Diver é o capricho em tudo. Os gráficos são excelentes, mesmo sem abusar do 3D (que não era o forte do Saturn), a música é linda e as sequências das fases é de tirar o fôlego. Tem uma, que eu adoro, que é o mergulho das naves dos jogadores, que saem do espaço e vão até o solo do planeta, para um ataque rasante contra um tanque enorme. Assista e diga se eu estou exagerando. E mais um que, infelizmente, ficou só no primeiro título...

Playstation 1: Einhander (Square, 1997)

Como assim a Square, que praticamente só faz RPGs, fez um shmup e ficou bom? Pois é! E ficou mesmo! Einhander é um jogo excelente, um dos melhores do PSX (entre shooters e outros), e foi obra de especialistas em outro gênero*. A nave tem uma espécie de "braço", que se conecta com os power-ups que são coletados dos inimigos, podendo muda-los de posição ou descartá-los. Já é um game totalmente em 3D, com câmeras que mudam de posição de tempos em tempos e causam alguma desorientação, mas nada que o desmereça. É tudo tão cuidadosamente bem-feito em Einhander que chega a parecer piada que a Square não tenha investido mais neste tipo de jogo. O jogo foi recentemente re-lançado para PSN, o que poderia ser um convite à uma continuação. Afinal, sonhar nunca é demais.

*Por mim, que odeio RPGs, eles podiam fazer SÓ shooters mesmo! Final Fantasy sucks!

Dreamcast: Rez (Sega / Uga, 2001)

Acharam que eu ia escrever sobre Ikaruga, né? Pois é, a dúvida entre os dois títulos era imensa e só consegui desempatar com o seguinte pretexto: Existe uma continuação de Ikaruga prometida para os consoles atuais. Se é boato ou não, eu não sei, mas nem o próprio Tetsuya Miziguchi, criador de Rez, embora tenha dito que está considerando a hipótese de uma sequência, não fez mais nada depois de Rez HD para Xbox 360. Sendo assim, Rez está mais em risco de ficar sem "filhotes" que o shooter da Treasure, que também foi lançado recentemente na XBLA. Em outras palavras, se lançarem Zero Gunner 2, Under Defeat, Border Down e Gigawing para XBLA, poderemos considerar que o Xbox 360 finalmente "fagocitou" o Dreamcast, pois não há mais razão para tê-lo. Ah, sobre Rez... bem, basta dizer que muita gente o considera uma experiência quase religiosa / transcedental, sendo também um dos primeiros jogos musicais da história (que acabaram virando moda ultimamente), além de ser um jogo retro-moderno com uma das melhores trilhas sonoras já feitas. Quem não jogou, que o faça AGORA! (Também existe para PS2!)

Playstation 2: Gradius V (Konami / Treasure, 2004)

Hein? Como assim? Gradius é uma franquia! E Gradius V é uma continuação dos demais! Sim, é fato... esta colocação aqui contraria a regra que eu mesmo coloquei para esta lista. No entanto, esta é mais uma parte da minha campanha: "Desengavetem a @#$%& do Gradius VI, Konami!!!". Conforme eu falei aqui anteriormente, eles simplesmente definiram que o próximo Gradius não é prioritário e que ele vai ficar aguardando produção até segunda ordem. Não tenho ficado muito feliz com o que a Konami tem feito com as principais franquias ultimamente, mas não acredito que eles venham a estragar o próximo Gradius, que é uma série que já tem mais de 20 anos! Além do que, é só entregar na mão da Treasure (de novo) e deixar que eles façam o trabalho. Ah, é claro que o PS2 tem bons shooters que poderiam estar aqui, mas alguém consegue me provar que há outro que merecesse mais uma continuação? Deixar o público sem esperanças de continuação com uma nova geração de videogames já instalada é no mínimo triste.

PS: E você, sentiu falta de algum nessa lista ?

PS2: Em breve: Shmups de ARCADE que mereciam continuação!

13 de nov. de 2008

Lançamento: Otomedius Gorgeous (Xbox 360) - Konami

A Konami, que aparentemente havia abandonado sua linha de shmups (desde que entregou Gradius V nas mãos da Treasure, para criação da versão de PS2), voltou ao mercado dos "jogos de navinha" com Otomedius Gorgeous, recém lançado no Japão para Xbox 360

O curioso é que todo mundo jurava que esse seria um jogo para Xbox Live Arcade (ou seja, um jogo de download pago), e no entanto ele saiu em disco. A questão é: Porque será isso, sendo que Gradius V, que é magnífico, coube em um CDROM? Será que Otomedius é um DVD Single Layer, um CDROM ou um Double Layer cheio de tranqueiras? Sinceramente, não entendi essa.

Não sou grandes fãs de shooters "fofinhos" (como Parodius, Twinbee e etc), mas fiquei feliz com o lançamento e com a decisão que a Konami tomou com relação a este jogo. Gosto muito mais da idéia de ter o jogo em disco que apenas baixa-lo da internet*. Será que a Konami finalmente se ligou que muitas pessoas simplesmente gostam de "colecionar" também os jogos e atendeu o pedido de fãs? Ou será que foi alguma outra jogada de marketing ou problema na distribuição**?

De qualquer maneira, fico feliz por ver um novo shooter da Konami sendo lançado nos idos de 2008, em tempos onde só se fala em texturas, poder de processamento, FPSs e MMOs. Isso pode ser uma "luz no fim do túnel" para nós, que aguardamos ansiosamente por Gradius VI, que está engavetado há alguns anos já.  

* Coisa de velho, eu sei.

** Também conhecido por "A maldita trava de região do X360 que impede nós, ocidentais, de jogar os novos shooters que saem apenas no Japão".

10 de nov. de 2008

Mais modelos para passar mal.

Não vou nem falar muito:


Saca só os modelos, alguns de velhos conhecidos, outros nem tanto:

Ikaruga / Silpheed / Radiant Silvergun (1) (2) (3) / Philosoma (1) (2) (3)

Mais informações neste site (em japonês). Pelo que eu entendi, é uma competição de miniaturas ou algo do tipo, mas devo estar errado. Ao que parece, os modelos não são comerciais e devem ser peças únicas. Se algum visitante deste blog fala japonês e puder nos ajudar, ficaria agradecido.

8 de nov. de 2008

Flash Game: Dogfight 2

Às vezes os jogos em flash impressionam pela qualidade e diversão. Dogfight 2** é um deles*. O jogo, praticamente um filhote de Wings of Fury, é extremamente viciante e conta com missões simples, porém, cheias de combos, objetivos e inimigos pentelhos que dão um trabalho danado. Confira só quando tiver tempo livre! Cheguei até a oitava fase sem grandes problemas, mas depois tomei um cacete dos aviões. Uma dica: Esqueça que as bombas são ar-terra e use-as par acertar inimigos no ar. Tirar um Ace do seu pé desse jeito é a melhor coisa. Ainda é possível fazer loops ofensivos e defensivos, usar as nuvens para se esconder e dar rasantes para atingir alvos no solo. É, sem dúvida, um dos melhores jogos em flash que eu já vi.

Há remakes de Wings of Fury para PC. Um tradicional, bem parecido com o jogo original, outro em 3D, que parece bem bacana e outro em flash. Mesmo não sendo exatamente um shmup tradicional, vale uma conferida. Joguei muito este jogo nos tempos do Amiga, merecia uma versão decente para PC, ainda mais hoje que qualquer máquina simples faz 3D com facilidade.

*Contribuição do Mol, leitor assíduo deste blog e crítico dos quadrinhos.

**UPDADE - 5/9/2018: O link para o jogo estava quebrado, já foi corrigido!

Invaders, a série #16

O que seria do mundo sem as aspirinas?

7 de nov. de 2008

Lançamento: Ketsui (Nintendo DS) - Cave

Não se trata exatamente de uma novidade, mas a Cave, grande nome dos shmups, tem sem mostrado "alive and kicking" na cena ultimamente. Além de ter agitado vários títulos para os consoles next-gen (embora tenha ficado só no agito, o que é uma pena) lançou Ketsui  (pela Arika) para Nintendo DS, console que tem pouquíssimos shooters decentes (Contra e Nanostray 1 e 2 são os únicos me vem à mente). Nunca vi o jogo por aí, em arcades ou emuladores, mas este vídeo promocional mostra que vem coisa boa por aí. Justo agora que eu não tenho mais um DS...

4 de nov. de 2008

Thunderforce VI (PS2), Sega 2008

Vou começar este review dizendo que, diferente da maioria, eu não criei grandes expectativas sobre Thunderforce VI. É uma série boa, joguei muito, mas foi o tipo de coisa que, para mim, ficou no Mega Drive. Sim, Thunderforce V é um jogão, tanto para PSX como para Saturn (a versão de Saturn é um pouco melhor, embora as duas sejam bem parecidas), mas não ganhou tanto destaque na época pois já haviam jogos de peso no mercado, para a mesma geração, que acabaram por ofuscá-lo um bocado, como Raystorm, Gradius Gaiden, Terra Diver, Battle Garegga, Radiant Silvergun e R-Type Delta.

É óbvio que eu fiquei feliz por saber que sairia mais um Thunderforce, que já era esperado para Dreamcast (e não sei não se este é o jogo que iria sair para o último console da Sega!). Claro que lançar um jogo para PS2 em pleno fim de 2008, com uma geração seguinte totalmente instalada e operacional, é algo que parece meio absurdo... mas, enfim, estamos falando da Sega, que é uma empresa que não é muito chegada à lógica. Aliás, uma pena que a Technosoft tenha passado a franquia para as outros. Não vou criticar aleatoriamente os jogos lançados pela Sega, sei que ela teve um passado excelente e que está devendo bons jogos ao mercado ultimamente (vide Golden Axe - Beast Rider, Yakuza 2 e Iron Man, que são fraquinhos). Infelizmente não posso dizer que com Thunderforce VI eles "limparam o bom nome da empresa". O jogo tem algumas boas sacadas, mas não passa de um shmup mediano, curto, e que não deve impressionar ninguém além dos fanboys da série.

A tradicional fase do mar, que existe desde TF III, com direito a serpente marinha e tudo.

O jogo conta com um sistema onde você mata os inimigos e absorve bolinhas de energia que eles deixam. Estas bolinhas enchem os seis slots de over weapon que ficam embaixo da tela. A over weapon é uma versão "super tuchão" de uma de suas armas normais, ou seja, o tiro pra trás fica mais forte, ou o tiro homing, ou o wave, por um certo tempo, enquanto a barrinha de over weapon durar ativa. É possível ativar até três níveis de over weapon ao mesmo tempo, causando um estrago enorme e detonando até os bosses mais chatos em pouquissimo tempo. As armas estão um pouco diferentes do normal, algumas mais fracas, outras mais fortes.

Range Gun, presente desde TF V. Era mais forte, mas, também, o jogo era mais difícil...

As fases são irremediavelmente curtas. O jogo, como um todo, é curto demais. Dá a impressão que a equipe de produção foi paga para fazer uma demo, aí adaptaram a demo para virar um jogo completo e era isso. Dá para acabar sem muito esforço em uma hora, senão menos. A ação continua rápida e furiosa, ponto alto da série, e o jogo todo acompanha o estilo dos Thunderforce anteriores, mas, infelizmente, não posso dizer que este jogo satisfaça as necessidades de ninguém. Em termos de cinema, imagine que você está esperando por um filme épico de três horas e a produtora te dá um quase-épico em curta-metragem. É essa a sensação.

Tudo culpa do Halls Extra-Forte!

Uma coisa que eu estranhei foi o fato de não se perder as armas quando a nave é destruída. Nos jogos anteriores, a nave começa com dois tiros básicos e pode ganhar ate mais três. Todas as armas estão presentes na primeira nave que você pega no começo do jogo, e elas não somem quando você morre. No entanto, ao acabar o jogo três vezes (o que não é nada difícil e nem demora), você abre as outras duas naves dos Thunderforce anteriores. Com a Rynex, nave original da série, a jogabilidade volta ao normal (fazendo você perder as armas), inclusive as armas originais voltam à cena, exatamente como em Thunderforce III e IV. A terceira nave (Sirynx) é um híbrido entre a nave do jogo novo e dos antigos, mas também não perde as armas.

Vamos, então, aos números de Thunderforce VI:

Gráficos: 7.5

O jogo é bem-acabado. Tem efeitos de luzes e texturas boas, os inimigos são criativos e os cenários também. Há um problema sério quando a câmera muda de ângulo em pleno vôo, estragando totalmente a orientação do jogador e surgem slowdowns em toda grande explosão. Fora isso, o gráfico não apresenta problemas. Está bonito, moderno, melhor em alguns pontos, pior em outros, mas digno do PS2.

Som: 7.5

Thunderforce sempre teve uma trilha sonora excelente, e este aqui não foi exceção. Não está tão boa quanto os anteriores, mas não faz feio. Gostei muito das versões de guitarra das trilhas dos jogos anteriores, que aparecem na fase 5, no duelo contra as outras Vasteel. As músicase os efeitos estão compatíveis com o esperado. Bem-feitas, tudo no devido lugar, seguindo o padrão de sempre.

Desafio: 2

Thunderforce é altamente recomendado para quem é extremamente RUIM em shmups. Os inimigos só conseguem te matar quando te pegam de surpresa (tipo quando você entra pela primeira vez em uma fase). Os padrões de balas são previsíveis, as massas de inimigos são fáceis de serem detonadas e os chefes são uma piada. Com duas ou três cargas de over weapon qualquer um morre rapidinho, mesmo o Orn Emperor, o último chefe, que por sinal é mais fácil que alguns anteriores. Nos modos mais difíceis a quantidade de balas na tela aumenta, mas só isso. Como eu disse acima, é para acabar com um pé nas costas ou ideal para tentar jogar quando estiver meio bêbado.

Diversão: 4.5

Bonito, mas fácil e curto. Thunderforce VI é um belo "aquecimento" para quem está acostumado aos shmups tradicionais. Nem a história de terminar três vezes para abrir as outras naves cria um bom replayability, pois o jogo se esgota rapidamente. Não que não seja legal jogar essas três vezes, digamos, "em nome dos velhos tempos"... mas, sinceramente, podiam ter feito algo muito melhor. O jogo não é ruim como um todo. Só é muito menos do que qualquer um esperava. E olha que eu nem esperava muito...

Overall: 5.5

A melhor maneira de definir Thunderforce VI é como legalzinho. Não é ruim, é bem-acabado, mas era um projeto promissor que acabou virando um jogo curto, fácil e que se esgota rapidamente. Ideal para os "casual gamers" que estão na moda. Quem sabe se for lançado para o Wii venha a fazer algum sucesso: Não exige nada dos gráficos e o Wii é a casa dos casual games hoje em dia. Afinal, até uma criança de 5 anos, que é o público-alvo do console, consegue tranquilamente acabar Thunderforce VI.

- Pontos interessantes:

- Saiu Broken Thunder para PC, feito por fãs e que conseguiu me impressionar mais que TF VI.

- Por acaso eu acabei de ler "O Lobo das Planícies", de Conn Iggulden, romance histórico que conta a história de Genghis Kahn. Consequentemente, fiz alguma pesquisa sobre alguns fatos do livro e me deparei com a escrita dos mongóis. Por acaso, quando os chefes de TF VI aparecem, o nome deles aparece escrito em mongol, do lado direito da tela. Não entendi o porquê disso. Seriam os Orn (os vilões do jogo) "mongóis do espaço"? Ou será que foi só coisa que algum "mongol" da Sega colocou lá, à toa?

3 de nov. de 2008

Invaders no Orkut

Fiz uma comunidade no Orkut para as webcomics, afim de concentrar em um ponto as opiniões, críticas, sugestões e para juntar a galera que curte essas e outras tirinhas online. Quem quiser entrar lá, segue o link (que também está alí do lado).

Tem também a comunidade sobre Shmups no orkut, que não é necessariamente para os reviews do blog, mas que vem sendo recentemente revitalizada e o povo está começando a comentar lá novamente. Eu "herdei" ela recentemente e estou tentando agitar as coisas por lá. Sejam todos bem vindos a ambas!

2 de nov. de 2008

Physics Invaders

O que aconteceria se o nosso velho-e-bom (mais velho do que bom) Space Invaders tivesse física? Alguns malucos da Neko Games criaram o Physics Invaders, que pode ser jogado direto do navegador. Nesta versão do jogo, tudo ricocheteia, tudo colide e formam-se pilhas de invaders mortos no chão, que precisam ser empurradas para dentro dos buracos do canto da tela, senão o jogador fica ilhado. Vale umas boas risadas!

31 de out. de 2008

Best Freeware Shooters 2007

O site Indie Games elegeu recentemente os melhores Shooters Freeware de 2007. Tem algumas coisas realmente muito boas, outras nem tanto, mas vale pela iniciativa de desenvolvimento de jogos indie, que não é brincadeira. Quem diria que um dia o Windows seria uma plataforma boa para jogos independentes? Se fosse há uns 10 anos, eu apostaria tudo no Linux, mas quem usa esse OS sabe como é difícil achar coisas boas para ele.

A lista de jogos é bem variada e generosa. Vale dar uma conferida, principalmente quem pensa em desenvolver seus próprios jogos.

29 de out. de 2008

M.U.S.H.A. (Compile / Toaplan), Mega Drive, 1990

Estava procurando o que jogar no Mega Drive, em meados de 1992, quando um amigo meu sugeriu uma troca: Meu malfadado Golden Axe 2, o qual eu já havia jogado à exaustão, pelo "jogo de samurai voador" que ele tinha comprado recentemente e detestado. Os dois eram cartuchos alternativos, feiosos, pesados, gordos, com etiquetas podres, esquisitas, feitas em papel-foto. Como simplesmente não suportava mais jogar Golden Axe 2, o que eu tinha à perder? Troquei mesmo sem testar o jogo e levei para casa o cartucho esquisitão. Eis que não foi minha surpresa ao descobrir que eu havia conseguido uma cópia (pirata) de um dos melhores shmups já feitos!

O jogo tem dois nomes: M.U.S.H.A. (sigla para Metallic Uniframe Super Hybrid Armor), nos EUA, e Aleste - Full Metal Fighter Ellinor, no Japão. Vou chamar o jogo apenas por Musha aqui, para simplificar, mas sim, ele é parte da saga Aleste, iniciada no MSX, que conta com alguns episódios onde os protagonistas não são naves, mas robôs, como os excelentes Robo Aleste / Aleste Denin (Mega CD), Aleste Gaiden (MSX) e Spriggan* (PC Engine). Não sei o motivo, mas prefiro muito mais os Alestes com robôs que os com naves. Não que sejam ruins, mas os com navinhas parecem tão inferiores aos demais...

*Há controvérsias sobre o Spriggan ser parte da saga Aleste, mas ele é uma "continuação espiritual", assim como Ikaruga é de Radiant Silvergun, ou Salamander é de Gradius. Quem jogar vai entender o que eu estou falando. E claro, é o primeiro Spriggan. O Spriggan Mark II é um joguinho bem fraco, com scroll horizontal.



O jogo começa com cut-scenes bem bacanas, contando a história da invasão que vai ser combatida. Não há grandes enredos aqui, nem nada muito filosófico, mas as telas são lindas, mais animadas que as do antigo Ninja Gaiden, e, convenhamos, jogo de nave com abertura em cut-scene é coisa fina! Os produtores não costumam nem explicar nada, já te jogam no meio do tiroteio e era isso. Coisas assim são raríssimas de se ver, ainda mais com o devido capricho.

Primeiro nível do tiro verde em ação. Não parece grande coisa, mas faz um estrago...

Quando comecei a jogar, achei que era mais um jogo de acumular armas, simples como de costume. Nada poderia ser mais longe da verdade. Musha foi projetado para permitir que o jogador controle cada parte da funcionalidade da nave. É possível atirar com a arma principal, arma secundária, mudar a configuração dos options e alterar a velocidade de deslocamento do robô na tela, sendo que:

Arma principal: Como nos outros jogos da série Aleste, começa como um tiro simples e conforme o jogador vai acumulando os "Power Chips", a quantidade de tiros vai aumentando (dois por vez, três, quatro, cinco, etc). Só direcionado para cima e não muda do começo ao fim do jogo.

Tiro principal, já bem evoluído e tiro azul em uso, girando (lado direito do robô).

Arma secundária: Estas sim, tem um poder de fogo razoável e também tem níveis, além de possuírem alguns níveis especiais! Cada vez que o jogador pega uma arma principal, ele ganha um nível de "armadura" contra impactos inimigos. Elas ficam como se fosse uma "mochila" nas costas do robô. O primeiro tiro que o personagem levar, não vai matá-lo, só vai destruir a arma especial. Isso é essencial para sobrevivência em certas partes do jogo. As armas especiais, assim como em Raiden, sobem de nível conforme o jogador insiste na mesma cor, ou seja, se você ficar trocando de arma toda hora, ela nunca vai ficar mais forte.

- O tiro vermelho dispara granadas em várias direções, sendo que em nível alto ele cria pequenos "buracos-negros" na tela, que chupam tiros e inimigos menores para dentro. Em níveis ainda mais altos, chupa inimigos não tão pequenos assim, acumulando todos os alvos em um ponto só. Com isso, é possível concentrar fogo da arma principal neste ponto e não se preocupar tanto em desviar dos tiros inimigos.

- O tiro azul é defensivo, cria uma onda de energia que gira em torno do robô, limpando tiros inimigos e causando dano enorme nos que encostam em você. Em níveis altos aparecem várias ondas, a onda fica muito maior, e, ainda, no último nível, a onda defensiva começa a disparar pequenos pedaços dela para frente, causando bastante estrago.

- O tiro verde é um laser que sai direto para cima e só aumenta com os níveis. Em níveis altos ele fica ridiculamente largo e forte, detonando mesmo os chefes mais fortes com poucos tiros. É fácil varrer a tela com o tiro verde em nível médio apenas.

Voando por dentro de uma caverna. Experimenta não mudar a velocidade aqui para ver o que te acontece...

O funcionamento dos Options me lembrou muito um outro velho conhecido: Tokio (Scramble Formation), da Taito. Era possível juntar navinhas e configurar a formação em que elas iam voar, adotando uma posição ou outra que favorecesse o ataque do jogador. Aqui, para se ter Options é necessário juntar "Power Chips", que aumentam um contador na parte de cima da tela. É possível ter até quatro Options voando ao mesmo tempo, sendo que o excedente fica "armazenado" no contador e são liberados conforme a necessidade (sim, aqui, como em Tokio, Options não são imortais!). As configurações de options são: 3-Way, Rolling, Chasing (seguem sua nave, como em Gradius), Forward (todos apontando para cima), Backwards (dois deles apontam para trás), Reverse (apontam para o lado oposto), Free (esse é o mais legal, eles perseguem os inimgos, ficam grudados neles, atirando).

Velocidade da nave: É possível mudá-la dando pause no jogo. Ok, é chato dar pause toda hora, mas eu acabo o jogo mudando a velocidade umas duas ou três vezes, sendo que é totalmente possível jogar sem mudar nunca.

Existem chavões e chavões, como "Destroy the Core"

Falando assim, parece que é super difícil controlar tudo, mas não se assuste. A interface é simples e dá para pegar o jeito super fácil. O fato é que dá para simplesmente jogar sem mexer em nada. Apanhando muito, isso é fato, mas é possível.

Ok, chega de aspectos técnicos. Vamos aos números de Musha:

Gráficos: 10

Os artistas sabiam muito bem o que estavam fazendo. O design de Musha é uma mistura de Heavy Metal e Gundam, ou qualquer outro anime de mecha-samurai. Você vai ver máscaras gigantescas com canhões e tentáculos, versões mecânicas de guerreiros e animais mitológicos, monstros, castelos voadores, cenários devastados, tempestades de raios, vulcões, cavernas cheias de armamentos, tudo muito bem acabado e assustadoramente rápido. Há chefões enormes, feios de vários pedaços, áses inimigos que te perseguem, demônios mecânicos, tudo o que a liberdade dos designers permitiu criar. Além, claro, das já citadas cut-scenes que fazem mais algumas aparições e de efeitos in-game que impressionam pelo capricho.

Som: 10

A trilha-sonora de Musha é simplesmente perfeita: heavy metal. Acompanha a velocidade do jogo e o tema proposto, sendo que às vezes intercalam-se batidas eletrônicas e música tradicional japonesa. Os efeitos também foram muito bem elaborados. Cada arma especial tem seu som, as explosões, o impacto, a atividade do cenário, tudo. É o tipo de coisa que ficou esquecida até em jogos atuais, como gerar sons para outras coisas que não sejam apenas o jogador e as explosões.

Desafio: 10

Musha não tem um começo razoável e depois vai ficando mais difícil. Ele começa arrancando seu couro e termina arrancando o que sobrou. Existem níveis de dificuldade que podem ser regulados, claro, mas não se iluda que isso vá resolver sua vida após a terceira ou quarta fase...

Diversão: 10

Basta dizer que é um jogo que eu conheci em 1992 e que não senti que ele tenha envelhecido, pois ainda o jogo até hoje, muito mais que jogos da geração atual ou shooters modernos. Musha é um dos melhores, senão o melhor shooter vertical de Mega Drive.

Overall: 10

O jogo é uma obra-prima e vale cada kilobyte. É suficiente!

- O robô, protagonista de Musha, saiu na coletânea de miniaturas Shooting Historica número 2. E eu achava que era o único que gostava desse jogo. Veja no começo do post, esse é o que fica na minha estante.
- O jogo atinge preços exorbitantes no Ebay. Até hoje, me contento com minha cópia pirata.
- Feito pela dobradinha Complie / Toaplan. Alguém duvida que seria fantástico?

25 de out. de 2008

Lançamento: Astro Tripper (PSN)

Nada mais saudável que descobrir que existem shooters realmente novos saindo. E melhor, para sistemas realmente novos! A PomPom Games vai lançar para PC e PS3 o jogo Astro Tripper, um shmup horizontal em 1080p, com forte influência dos jogos da Cave, o que por si só já promete um bocado.

Sabe, é nessas horas que eu vejo que vale o investimento em um aparelho. Afinal, que se danem os blockbusters feito Metal Gear, Bioshock, Rock Band e o escambau, que saem para toda e qualquer plataforma cedo ou tarde. O que eu quero é isso! Jogos exclusivos, que vão direto ao ponto e que são feitos para um público alvo específico. O resto eu jogo quanto estiver entediado.

24 de out. de 2008

Galaga Legions (Xbox 360 / Live Arcade), Namco

Este é o meu review de Galaga Legions, no formato "Invaders, a Série". Afinal, com sub-jogo a gente nem perde tempo escrevendo:


Como diria o árbitro do Samurai Shodown: -"É suficiente!".

23 de out. de 2008

Cosmic Wars (NES)

Você sabia que existe um jogo de estratégia espacial feito pela Konami, que usa o cenário de Gradius como base? Sim! E se chama Cosmic Wars! Até nome de shmup ele tem, mas o jogo é de estratégia e foi lançado para Famicom no Japão apenas, sem muita repercussão, porém, chega a ser curioso.

Ele é praticamente 100% em japonês e a produção não parece grande coisa. Não consegui jogar absolutamente nada, mas parece extremamente complexo. É possível jogar com os "caras bonzinhos", que são o lado da Terra, e os vilões do Império Bacterion. As naves estão todas lá, inclusive os famosos "chefes do final da fase", que são unidades que podem ser controladas pelos jogadores.

Agora eu sei porque as naves do lado dos bonzinhos que são maiores que um caça nunca apareceram em nenhum jogo da série. Porque elas são ridículas perto das inimigas. Parecem máquinas fotográficas brancas em tamanho gigante!

Tela de contratação de comandantes dos Bacterions. Tive que jogar Gradius por 20 anos sem saber que estava atirando em caras azuis com vários olhos.

E porque não invadir a Terra? Todo mundo faz isso!

VENDO: Vic Viper Modelo 86. Único dono, sem multas, pintura original.
Apenas 500 créditos!


Não, não tem um segundo apenas de "shmup" neste jogo e ele foi postado aqui como mera curiosidade. Mas que seria legal ter uma versão traduzida desta ROM, isso seria! Eu, pelo menos, ia perder algum tempo jogando.