É o fim da exclusividade de Raiden V no Xbox One! A UFO Entertainment acabou de anunciar o lançamento de Raiden V - Director's Cut tanto para Steam quanto para PS4, fazendo a alegria dos fãs do gênero. Apenas à título de curiosidade, aconteceu exatamente o mesmo com Raiden IV, que ganhou uma versão expandida (Raiden Overkill) quando deixou de ser exclusivo dos consoles da Microsoft. Por algum motivo a ferramenta do blogspot não está encontrando o vídeo para exibição imediata aqui no blog, mas você pode conferir o trailer aqui.
O jogo já aparece listado no Amazon, ainda sem imagem, mas pode significar que talvez uma versão física venha à ser lançada! Dentre as novidades no jogo, estão a opção de escolher várias das naves, modos de tiro especiais, e co-op online. O lançamento oficial será dia 22 de Agosto deste ano, com o preço de pre-order de USD 39.
Um colega de trabalho, que também é fã de shmups, me chamou recentemente para visitar um dos arcades aqui de Londres. Para minha surpresa ainda existem alguns por aqui, e até são bem interessantes, mas o ponto forte deles, ao que parece, eram os jogos de ritmo/música. Haviam muitos pinballs, algumas máquinas clássicas, como os jogos de corrida da Sega, Namco, jogos de luta da SNK, Capcom, jogos de tiro com pistolas, uma ou outra do período Neolítico dos videogames (Rally X, Yie Ar Kung Fu e mais alguma coisa) mas o resto todo eram jogos de música. Tinha até um Rock Band todinho, montado em um canto, com aplificadores reais, enormes. Imagine a barulheira! Vi uns três ou quatro gabinetes que continham um PS3 / Xbox 360 dentro, e um deles tinha algo rodando MAME, com um bilhete "peça ao operador para trocar os jogos caso ele não esteja no menu".
Groove Coaster, uma das máquinas que haviam no salão. Parece um telefone celular gigante, mas, enfim, é um jogo para celulares...
Voltei do arcade pensando que é uma pena que lugares assim estejam condenados a desaparecer. No Brasil já desapareceram praticamente, e aqui não é diferente. São poucas máquinas novas surgindo, o que é compreensível, já que o modelo de negócio é bem fraco se aplicado fora do Japão, e os investimentos não se justificam. Alguns poucos malucos se arriscam a abrir arcades hoje em dia, ao menos no ocidente, um mercado abastecido por máquinas antigas e algumas poucas novas, feitas pelas grandes empresas japonesas (que hoje são bem menos do que já foram) como Taito, Sega, Konami, e um punhado de coreanas e chinesas e seus jogos de ritmo.
Pensa em uma música infernal de chata...
Eis que, eu estava errado! Em plenos 2017, Skycurser é lançado. A proposta do jogo é não migrar (ao menos nada foi dito até agora) para consoles, computadores, celulares, etc, permanecendo apenas nos arcades. Ou seja, a única forma de jogá-lo é indo até um lugar onde a máquina existe fisicamente. É um modelo de negócio ainda mais maluco que abrir um fliperama, mas aparentemente está dando certo, pois há várias máquinas sendo distribuídas, segundo a página dos criadores.
Arte do gabinete do jogo.
A arte do jogo parece ter influência direta de Metal Slug. A nave parece meio grande para um shmup, mas desde que a caixa de colisão não seja do mesmo tamanho que o sprite (que é uma tendência hoje em dia) não há problema. Uma pena que a maioria das máquinas estejam apenas nos EUA, e que não haja perspectiva de lançamento do jogo para plataformas domésticas, mas não acredito que vá ser algo exclusivo dos arcades por muito tempo. Afinal, se isso aconteceu com praticamente todo jogo de sucesso, porque não com Skycurser? :)
Algumas screenshots do jogo, que estão bem bacanas:
O preço para quem quiser comprar varia: Quem já tiver um gabinete JAMMA, apenas paga 700 dólares pelo jogo, mas é possível também comprar todo o hardware, inclusive o gabinete (este da foto, com arte e tudo mais), já pronto e configurado, por 3500 dólares.
Seja sincero: De que jogo essa screenshot parece ter sido tirada? :)
Para quem é fã do velho e bom Rez, aquele que continua velho e bom, já que não teve uma continuação à altura (Child of Eden falhou miseravelmente, e os novos Rez são praticamente remakes do jogo original), há um possível novo game vindo para preencher o vazio deixado. Aaero (não foi typo, o nome do jogo é esse mesmo) tem várias referências ao original, e apesar do trailer ser meio ambíguo*, é possível ter uma idéia do que vem por aí.
O jogo vai sair para PS4 / Xbox One e PC (Steam), ainda no primeiro quartil de 2017. Gostei do fato de usarem dubstep ao invés de trance como trilha sonora. :) Acho que agora eu não escapo de comprar um kit VR . Já tem Battlezone, EVE Valkyre, Rez VR (porque não, né?) e Aaero.
*Eu ando com muita raiva dos trailers atuais de games, seja na PSN, no Youtube ou na Steam, porque existe uma tendência de não mostrar nada do gameplay! Os produtores optam por colocar historinhas de personagens conversando, flashbacks, frases jogadas, bobagem aleatória falando do background do jogo, mas nada do gameplay! Não sei vocês, mas eu nunca compro nada sem pesquisar bem antes (e mesmo assim compro errado), mas nunca, em hipótese alguma dou dinheiro por algo que não consigo nem ter uma idéia de como vai ao menos se parecer quando pronto.
Este é para você, garotinho juvenil, que acha que manja tudo dos "Alestes" da vida. Sinto em te dizer, mas sabe de nada! Se você não jogou Rude Breaker, está faltando este no seu currículo!
Hein? Seria este um "Aleste perdido" ? Vamos às perguntas:
1) Mas não tem "Aleste" na tela de título?
R: Não, não tem, eu também sei ler. Não tem o nome escrito em lugar nenhum, de fato, mas se você jogar, vai perceber que, sim, o jogo é 99% um Aleste, e dos bons por sinal! Tudo nele lembra o clássico da Compile, em termos de música, gráficos, jogabilidade. Não sei o motivo de simplesmente não chamarem de "Aleste", já que a franquia tem um monte de fãs que seriam automaticamente atraídos pelo jogo. A Compile é uma daquelas softhouses malditas que te obrigam a comprar um aparelho por Aleste mesmo, ou seja, este aqui não seria exceção. Fazendo uma listinha de recapitulação da série, temos:
- Aleste 1 / Power Strike 1 (MSX, Master System e Game Gear)
- Aleste 2 / Power Strike 2 (MSX, Master System e Game Gear)
- Aleste Gaiden (Só para MSX, e é um joguinho bem meia-boca!)
...aqui começa a palhaçada:
- M.U.S.H.A. Aleste (Mega Drive)
- Super Aleste / Space Megaforce (Super Famicom / SNES)
- Seirei Senshi Spriggan (PC Engine CD)
- Robo Aleste / Dennin Aleste (Sega CD / Mega CD)
E como eu falei lá em cima, pode até não chamar Aleste, mas dá uma olhadinha aqui, e me fala se escapa do teste de DNA. :)
Rude Breaker, em toda sua glória!
2) Compile, fazendo jogo para uma plataforma semi-morta, em 1996?
R: A Compile funcionou até 2003, e o último Zanac (Zanac Neo), que saiu na coletânea Zanac x Zanac, para PSX (disponível para PS3 também) saiu em 2001. A gente esquece como o Japão já foi uma potência produtora de inovação, hardware, software, etc, e que já conseguiu produzir coisas mais interessantes que simuladores de namorada virtual e joguinhos bestas de ritmo. Em 1996, curiosamente, ao contrário do que eu imaginava, o PC-98 não estava morto e enterrado junto com o MSX, o X68000 e o FM Towns! A plataforma resistiu no mercado até 2003! Por isso saíram tantos jogos para ele.
A pilota da nave é uma menina. Você já viu isto em Aleste!
3) Para que plataforma saiu isso?
R: Saiu para o PC-98, que foi um padrão de micros japoneses, muito popular por lá. Era um micrinho da NEC, ou seja, "parente" do PC Engine. Eu mesmo não conheço direito e mal prestava atenção nele, até descobrir a biblioteca bem interessante dele, e cheia de shmups (além de uma tonelada de sensacionais mahjongs, RPGs japoneses em japonês, e joguinhos pornográficos, como não podia ser diferente).
O nada extraordinário PC-98. Podia ser vendido com o logo da "Itautec" na frente.
4) E o jogo é bom?
R: MUITO bom! Não só o jogo, mas a música é simplesmente sensacional. Como não tenho um PC-98, joguei no emulador (recomendo o Neko Project), e estou com a musiquinha na cabeça até agora. O jogo parece muito mais inspirado na mecânica de M.U.S.H.A. que na dos outros jogos da série, pois você pode escolher um tipo de arma no começo do jogo, e elas são mais ou menos parecidas com as três do Aleste de Mega Drive. Os padrões de inimigos, power ups, sons, é tudo muito transbordando o DNA da Compile. Não achei um jogo difícil, e acho que do começo ao fim se passaram algo em torno de vinte minutos, mas acredito que para um jogo arcade, é o tempo necessário para chegar ao final. Os gráficos são bonitos, mas eu achei as cores um pouquinho esquisitas, talvez por não estar acostumado com o PC-98. Às vezes dá um pouco de slowdown, mas não sei dizer se é a emulação ou se era assim no original.
Saca a soundtrack, que coisa mais linda...
5) Conclusão sobre Rude Breaker?
R: Jogue. Apenas jogue. Baixe o emulador e jogue. Um shmup bom destes não merece ficar esquecido pelo tempo. Não tivemos PC-98 no ocidente, não vejo muitos sites falando sobre ele, nem mesmo entre as comunidades "fãs" de Aleste, Zanac, MSX, Compile, etc, parece que ninguém jogou muito ele. Esta pequena obra-prima merece ser jogada e re-jogada! Não entendi também o fato de ter saído tão tarde (1996), mas vai entender o mercado da época. O importante é que, hoje, qualquer coisa roda um emulador de PC-98, logo, o jogo está ao alcace de todos.
Nota: 8,0 - Eu pagaria por uma versão oficial de Rude Breaker, seja para PS3 / PS4 / XBox / Steam.
Eu sei, eu sei, atrasado com um monte de coisas, mas vamos colocando os assuntos em dia. Tudo bem com vocês? Espero que tenha alguém lendo ainda.
Há alguns meses eu tive a idéia de dividir o blog em duas frentes, deixando alguns assuntos aqui e alguns para o Facebook, e não sei se foi a melhor decisão, já que dividiu o foco do blog. Não que tenha sido um desastre - O conteudo do blog atingiu mais público, sem dúvida, pois o Facebook é muito mais dinâmico que este formato de internet "anos 90" de blog tradicional, além de permitir mais interatividade entre os leitores - Mas não sei se era exatamente o que eu queria. Agora eu conheço pessoas que me lêem, descobri que leio blogs de pessoas que me lêem também, e tenho um feedback mais frequente sobre os textos, apesar de achar que eles ficam mais "descartáveis" (como tudo que cai no Facebook, parece que vira meio que "uma leitura rápida" e nada mais).
Na real, estou em dúvida sobre mudar o formato do blog. Não para o Facebook, nem para o Twitter, que até servem como meio de divulgação, mas pensei em fazer algo para o Youtube. Ia ser engraçado fazer vídeos e falar com meu sotaque de caipira para vocês, mostrar minha cara feia (ou não, tipo o Life of Boris) mas acho que isso leva muito tempo e dá muito trabalho, e como eu sou um cara velho e escrevo para gente velha, acho que vai ficar tudo do jeito que está mesmo... ao menos por enquanto (que é aquela frase que a gente fala antes de deixar algo permanentemente para trás)!
Enfim, enquanto não decido o que fazer do blog, vamos ao backlog. Não vou fazer um review para cada um, pois é mais para falar do que estou jogando e o que eu recomendo que você jogue e/ou fique longe. A lista é grande e eu não consegui focar em nenhum deles, não o suficiente para emitir uma opinião. Para não ficar enrolando muito, vou fazer umas chamadas curtas, mais administráveis (para mim ao menos) aqui, assim também vou voltando aos poucos a falar.